O país está partido ao meio: 48% querem que Bolsonaro caia fora e 47% preferem que ele permaneça presidente. Essa nova pesquisa do PoderData foi feita entre os dias 3 e 5 de agosto de 2020 por meio de ligações telefônicas. Foram 2.500 entrevistas em 560 municípios nas 27 unidades da Federação e a margem de erro é de 1,96 ponto percentual.
A pesquisa mostra que nada mudou substancialmente com relação à pesquisa de 20 a 22 de julho. Nessas duas semanas, as variações foram basicamente entre 1% e 2%. O apoio para que Bolsonaro fique no cargo até que teve pequena variação para cima - foi de 43% para 47%.
De acordo com o PoderData, 32% aprovam Bolsonaro e 41% o rejeitam. Entre os que acham que ele deve continuar no Planalto, 97% avaliam seu trabalho como “ótimo” ou “bom”. Os que avaliam o seu desempenho como “ruim ou péssimo” são só 6%. Já entre os que acham que Bolsonaro deve deixar o governo, 92% rejeitam sua gestão. Só 2% aprovam o trabalho de presidente. Conclusões, aliás, bastante óbvias.
O DataPoder observa que a alta de 4 pontos percentuais da taxa de percepção de que Bolsonaro deve permanecer no governo vem no mesmo momento em que ele passou a evitar atritos com a mídia, com adversários e com integrantes dos outros Poderes da República. Deixou de lado o seu natural estilo raivoso para algo mais “paz e amor”. Mas provavelmente o mais correto é concluir que, diante da insegurança geral, diante das ameaças que o coronavírus traz, o povo trabalhador faz a opção de procurar garantir o emprego a qualquer custo - ou pelo menos garantir o auxílio-emergencial do governo federal. Podemos dizer que "o coronavírus é Bolsonaro de carteirinha"...
O PoderData também mostra a percepção dos entrevistados por sexo, idade, escolaridade, região e renda. Os que mais defendem que Bolsonaro deixe o governo são:
mulheres: 57%;
pessoas de 60 anos ou mais: 55%;
pessoas com ensino superior: 56%;
moradores do Norte: 56%;
quem recebe mais de 10 salários mínimos: 65%.
A permanência de Bolsonaro no Planalto é mais defendida por:
homens: 59%;
pessoas de 16 a 24 anos e de 25 a 44 anos: 50% cada;
pessoas com ensino médio: 54%;
moradores do Sul: 57%;
desempregados e sem renda fixa: 54%.
O governo Bolsonaro é aprovado por 45% e desaprovado por 45%; Hoje, a eleição presidencial teria Bolsonaro à frente de todos no 1º turno; Jair Bolsonaro e Sérgio Moro empatam no 2º turno, diz o PoderData.