08/08/2020 às 13h34min - Atualizada em 08/08/2020 às 13h34min

​DILEMA GLOBAL

COMO DERROTAR BOLSONARO, SEM ELEGER LULA?

 
O candidato dos sonhos da Família Global seria Moro, evidentemente. Mas esse sonho está virando pesadelo, porque o ex-juiz da LavaJato está se enrolando com “recordações” do passado curitibano e tem dificuldades para ganhar o povão. É tipicamente um candidato da classe média conservadora conduzida pelo grande capital. O que fazer, então, para driblar as urnas e eleger a múmia de Curitiba e esmagar Bolsonaro? Tem que dar um jeito de tornar Lula inelegível (mesmo que ele diga a todo instante que não será candidato...), claro. E também terá que evitar a ascensão de outro nome que una as oposições. Moro continuaria a múmia de sempre, mas os globais dariam um jeito nesse problema.
 
Na sua coluna no Globo de hoje, Ascânio Seleme traz à tona essa questão crucial, levanta uma hipótese mais do que evidente: “Se o Supremo entender que o ex-juiz Sérgio Moro foi parcial no julgamento do ex-presidente no caso de tríplex do Guarujá, Lula terá sua condenação suspensa, seus direitos políticos restabelecidos e poderá disputar a eleição presidencial de 2022.” Mas Ascânio Seleme parece preocupado e procura desqualificar a possível suspensão da condenação, tratando a decisão suprema como “tapetão”. Diz ele: “O problema, é que o seu teto não deve estar muito distante do seu piso. A candidatura do ex-presidente pode também sepultar qualquer entendimento amplo para evitar a reeleição de Jair Bolsonaro. Os que se aglutinarão ao seu redor serão os de sempre. Embora o candidato seja forte de arrancada, a chapa de chegada que sair daí não será.” Como assim “o teto não deve estar muito distante do seu piso”? De onde Ascânio escaneou isso? Na última eleição, Haddad, que ainda está longe de ser um Lula do ponto de vista eleitoral, chegou à final e, não fosse o surpreendente marketing digital bolsonárico, poderia ter sido eleito presidente. Será que ele trata do teto de um subsolo?
 
Outro argumento de Ascânio é o novo Bolsa Família, agora com o apelido de Renda Brasil. Ele diz que se trata da “autorização oficial para torrar dinheiro público que servirá para inocular no eleitor o mesmo remédio usado nas gestões petistas, que se chamava Bolsa Família e hoje atende pelo nome de Renda Brasil”. É verdade que se trata de uma boa jogada de Bolsonaro essa de apropriar-se do Bolsa Família da era PT para garantir o voto do povão. Mas ninguém se esqueça que a cópia mal feita não traz uma boa imagem. O importante é que os globais compreendam a importância que o país tem de se livrar dessa praga chamada de bolsonarismo. E devem entender também que em um confronto Lula x Bolsonaro, nem o Queiroz salva...
 
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