07/08/2020 às 23h18min - Atualizada em 07/08/2020 às 23h18min

​DOSSIÊ FASCISTA

GOVERNO CONFESSA QUE FEZ

 
Foi o próprio Ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, que revelou a parlamentares que o seu ministério produziu dossiês sobre ‘grupos antifascistas’ entre os servidores públicos. Ou seja, confessou que o governo Bolsonaro tem atuado como um governo fascista, perseguindo seus próprios servidores.
 
Essa revelação foi feita em sessão virtual com parlamentares da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional pelo próprio ministro André Mendonça. Ele reconheceu que o governo produziu informes sobre 579 servidores de grupos denominados pelo governo de “antifascistas”. Ou seja, o governo fascista de Jair Bolsonaro -demonstrando que essa é a sua verdadeira face - andou espionando e cadastrando politicamente centenas de servidores públicos.
 
E por que será que André Mendonça admitiu a existência desse relatório de inteligência da pasta sobre servidores públicos que integrariam grupos ‘antifascistas’? Será que o governo Bolsonaro fez isso para poder parabenizar cada um desses servidores antifascistas?
 
Anteriormente, o ministro havia recusado entregar dossiê dos antifascistas ao STF.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que “o ministro foi ouvido em sessão virtual por integrantes da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional, que cobraram explicações após o portal UOL revelar que o governo estava monitorando opositores ao presidente Jair Bolsonaro.” Ficou claro agora? O governo só revelou a espionagem absurdamente ilegal e fascista depois que o UOL pôs a boca no mundo.
 
A reportagem ainda lembra que, um dia depois de afirmar ao Supremo Tribunal Federal que a pasta não persegue adversários políticos do governo e não investiga ninguém, o ministro foi pressionado pelos parlamentares a dizer claramente qual documento o órgão elaborou e quem foram os alvos. Mesmo sem detalhar, Mendonça acabou admitindo - segundo três pessoas presentes no encontro afirmaram ao Estadão - a existência de um relatório sobre “opositores”.
Segundo o jornal, “o ministro, porém, recusou o termo “dossiê”, afirmando que essa expressão remete a algo ilegal. Como assim, ministro? Vossa excelentíssima pessoa pretende evitar que o respeitável público fique sabendo que há espionagem e que há até mesmo uma investigação sendo conduzida pela Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), órgão vinculado à pasta apontado como responsável por monitorar o grupo de servidores, é isso mesmo, ministro?
Por último, ministro, responda: Vossíssima Excelência é fascista? E pretende continuar no governo fascista de Bolsonaro?
 
É melhor não responder, ministro. Podemos estar sendo gravados...
 
Leia também no Brasil247 e Estadão.

 
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