A quarta-feira começou sem trazer boas notícias para o presidente Bolsonaro. O resultado do terceiro teste que ele fez para detectar a infecção do coronavírus voltou a dar positivo. Bolsonaro confirmou a contaminação no dia 7 de julho, mas, mesmo sendo medicado com a tão falada cloronoquina e até com o vermífugo Annita, a infecção resiste. O presidente vai ter que continuar em isolamento e cancelar a viagem ao Piauí, que já tinha agendado para esse final de semana. O laboratório que fabrica o Annita fez questão de afirmar que ainda não foi concluído nenhum estudo que prove a eficácia do vermífugo no tratamento da Covid-19, segundo a Folha de São Paulo. “Toda e qualquer utilização de medicamentos fica a critério do médico, e deve ser uma decisão compartilhada com o paciente”, ressaltou a FQM Farmoquímica. A empresa informou que apoia quatro pesquisas para testar o uso do medicamento.
Também nesta quarta-feira, o plenário do TCU (Tribunal de Contas da União) deve analisar o relatório sobre a auditoria feita nos gastos do ministério da Saúde para combater a pandemia do coronavírus. Segundo o documento dos técnicos do TCU, o governo Bolsonaro não gastou nem 30% do orçamento inicial, que era R$ 38,9 bilhões. Os gastos do ministério da Saúde e a verba enviada aos estados e municípios só chegaram a R$11,4 bilhões. Os estados receberam 39% do total e os municípios, 36%. A demora na entrega dos respiradores também foi outro ponto negativo constatado pelo TCU, segundo reportagem da Folha de São Paulo.
Os auditores propõem aos ministros do Tribunal de Contas da União que seja dado um prazo de 15 dias para o ministério da Saúde explicar como foi feita a “lógica do financiamento dos fundos estaduais e municipais de saúde”. O julgamento no TCU acontece no dia em que o Brasil registra 81.628 mortes causadas pelo coronavírus e 2.167.988 pessoas contaminadas, segundo o último relatório divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa que para atualiza os números da pandemia no país.
