Bolsonaro adotou de vez o fenômeno da queda no apoio das pesquisas. No início ele enganou muita gente. Estava mantendo o apelo popularzão, que ajudou muito a sua eleição, e foi tocando o barco. Caía um pouquinho, segurava-se outro pouquinho e era assim que levava o país. No bico. Foi aí que apareceu o fantasma do coronavírus na vida dele. O susto foi tão grande que ele pôde revelar exatamente que era um despreparado pra tudo. Não sabia se colocava a máscara ou se tirava a máscara. Não sabia se tomava cloroquina ou se não tomava cloroquina. Se fazia exame para saber se estava contaminado ou se não fazia exame para saber se estava contaminado. Não sabia se acusava o Queiroz ou se protegia o Queiroz. Não sabia se apoiava o Moro ou se detonava o Moro. Não sabia se apoiava o Weintraub ou se mandava pros quintos dos infernos. Não sabia se nomeava o novo ministro da educação ou se não tinha educação suficiente. Não sabia se ligava pro Olavo de Carvalho ou se não ligava pra isso. Não sabia se era fascista extremado ou se era da extrema direita fascista. Não sabia se era presidente ou se era capitão. Não sabia se apoiava o Supremo ou se apanhava do Supremo. Enfim, passou a demonstrar tanta incerteza que o povo finalmente teve certeza que ele não serve para presidente. Agora só lhe resta a quarentena de cumprir o mandato. Para desespero do povo que o elegeu – e desespero maior ainda para o povo que não o elegeu. Acesse aqui a pesquisa Vox Populi oferecida pelo Brasil247.
