Definitivamente, Bolsonaro é um sucesso. Um sucesso negativo, claro. Negativo no mundo inteiro, onde é tratado como um populista de extrema direita, fascista. E negativo no Brasil, onde vive fazendo trapalhadas, “dando tirinhos” por toda parte, bancando o espertalhão diante de sua claque.
Nesta reportagem de hoje, 7 de julho de 2020, no jornal inglês The Guardian, ele é tratado como “o populista de direita que muitas vezes desafiou as diretrizes locais para usar uma máscara em público, mesmo depois que um juiz ordenou que ele o fizesse no final de junho”. A reportagem lembra que “Bolsonaro repetidamente minimizou o impacto do coronavírus, mesmo que o Brasil tenha sofrido um dos piores surtos do mundo, com mais de 1,6 milhão de casos confirmados e mais de 65 mil mortes relacionadas, de acordo com dados oficiais da segunda-feira, dia 6”. O jornal ainda destaca que, segundo a CNN Brasil e o jornal Estado de São Paulo, “ele apresentava sintomas da doença, incluindo febre”.
Bolsonaro disse aos seus apoiadores aglomerados ao lado do palácio Alvorada que ele havia acabado de visitar o hospital e tinha sido testado. "Não consigo chegar muito perto", disse ele em comentários gravados pelo Foco do Brasil, um canal pró-governo do YouTube. “Eu vim do hospital. Fui submetido a um exame de pulmão. O pulmão está limpo." Um comunicado oficial disse que ele estava em casa e "de boa saúde". No final de semana, Bolsonaro participou de vários eventos e esteve em contato próximo com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, durante as comemorações de 4 de julho, almoçaram juntos, com ministros e os Filhos. O embaixador não apresentava sintomas, mas passaria por testes e estava "tomando precauções", disse a embaixada. Ou seja, mesmo um embaixador de Trump (que é um aloprado com relação ao coronavírus) é mais cauteloso.
Uma foto postada no Twitter pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, mostra Bolsonaro, Chapman e outros sentados ao redor de uma mesa, sem máscaras.
Bolsonaro testou negativo para coronavírus depois que vários assessores foram diagnosticados após uma visita à propriedade Mar-a-Lago, de Donald Trump, em março. A CNN Brasil informou que Bolsonaro começou a tomar os medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina, que ele chama de tratamentos Covid-19, apesar de poucas provas de sua eficácia.
