06/07/2020 às 11h48min - Atualizada em 06/07/2020 às 11h48min

​DO PRÉ-CANDIDATO DINO PARA O PRÉ-CANDIDATO MORO:

"PRIMEIRO, RECONHEÇA SEUS ERROS"


Moro começou a botar seus morinhos de fora na promoção de suas próximas candidaturas, não importa quais sejam – mas é obviamente de presidente, pela direita global. Ele foi lá na Globonews e tentou juntar a direita em torno do seu nome, fazendo aquilo que ele mais gosta de fazer: atacar o Lula e o PT.
 
O governador do Maranhão, Flávio Dino, também pré-candidato, pelo PCdoB, respondeu essa entrevista, em que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro cobrou uma autocrítica do PT.
"Se o PT quiser ser competitivo, tem que reconhecer erros do passado", disse Moro na entrevista, na noite deste domingo (5). E Dino mandou de volta: "Se Moro quiser ser competitivo, tem que reconhecer erros do passado e do presente".
 
Na entrevista, Moro evitou comentar sobre sua possível candidatura à presidência em 2022, mas citou "bons nomes" para concorrer – e nenhum deles é candidato do PT...
"Tem o Luciano Huck, tem o governador de São Paulo, João Dória, tem o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que, inclusive, fez um trabalho fenomenal, foi um personagem que cresceu na crise", disse ele, citando nomes que se opuseram a Bolsonaro durante a pandemia – e que claramente pretende que desistam de suas candidaturas para apoiá-lo.
 
Moro condenou Lula sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), para tirar o ex-presidente da eleição de 2018. Em maio, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou que Moro "tinha predileção em condenar o PT".
De acordo com as acusações do Ministério Público Federal (MPF-PR), Lula teria recebido um apartamento como propina da OAS, mas nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel.
Ao apresentar a denúncia em 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "provas cabais" de que o ex-presidente era o proprietário do apartamento.

Uma reportagem do site Intercept Brasil, publicada em 9 de junho do ano passado, apontou que até o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas.
A partir daquele mês, o Intercept passou a publicar reportagens, algumas em parceria com outros sites, apontando que Moro agia não exatamente como juiz, mas como uma espécie de assistente de acusação nas investigações da Lava Jato.
Ele chegou a pôr em dúvida, por exemplo, a capacidade de uma procuradora em interrogar Lula e sugeriu acréscimo de informação na denúncia contra um réu - Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás.
 
Como é que uma pessoa assim, estranho como juiz, pode pretender ser presidente da República? Se nem o Bolsonaro aguentou, imagine o povo brasileiro! Se Moro quer mesmo ser candidato, tem que começar a pedir perdão desde já! E ele tem muito perdão pra pedir...
 
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