03/07/2020 às 11h58min - Atualizada em 03/07/2020 às 11h58min

​VAI FEDER NA EDUCAÇÃO

PODERÁ SER O NOVO MINISTRO


Já vimos que a educação é um pobrema nesse governo Jair Bolsonaro. Primeiro tivemos o “caso Weintraub”, que merecia nota zero, pela simples suposição de ter sido um dos indicados pelo astrólogo de Virgínia. Mas ele foi além das margens de erros. Meteu os pés pelas mãos na questão do Enem. Depois xingou o Supremo (STF), o Congresso e quem mais estivesse pela frente. Finalmente saiu voando do país - dizendo-se ameaçado de morte (!!!) - para receber o “prêmio consolação” de representar o Brasil no Banco Mundial.

Para provar que em matéria de Educação não consegue passar de ano, Bolsonaro convidou, para substituir Weintraub, o “doutor” Carlos Decotelli, aquele negão sorridente, cara até simpática, que conseguiu provar que não é formado em coisíssima alguma. Foi, não foi... foi, não foi... foi-se (ou será foice) de vez. Para o seu lugar, veio o Renato Feder, que foi..., não, não se foi. Ficou. Ele foi secretário de Educação do Paraná. Vai comandar o Ministério da Educação. Tem no seu currículo a defesa da extinção do MEC e a privatização do ensino (algo inteiramente justificável, para quem tem esse nome...). 
Era pra ter sido chamado antes, mas como ele foi um dos principais doadores da campanha de João Doria ao governo de São Paulo, em 2018, tinha ficado de castigo.

Depois da desistência de Decotelli, Feder resolveu fazer o dever de casa e ligar antes para o astrólogo de Virgínia, também conhecido como Olavo de Carvalho. Não conseguiu retorno do “guru da república dos Bolsonaros”. Mas como é de educação, decidiu telefonar antes para o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, falando sobre seu interesse em ser ministro. Teve que ser rápido, porque, Anderson Correia, o atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), estava voando nos sonhos de alguns assessores presidenciais. Estavam também no páreo Sérgio Sant'Ana (ex-assessor do Ministério da Educação) e Antonio Freitas, conselheiro do CNE - Conselho Nacional de Educação, pró-reitor na FGV e um dos nomes que apareciam como orientadores do doutorado não realizado de... Decotelli, claro.

No final, o cargo é pra Feder. Isso, sim, é que é educação. Ou será falta de...?
 
Leia também na Folha.

 
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