A terça-feira não está nada tranquila para o presidente Jair Bolsonaro. Logo cedo, o juiz Renato Borelli, da 9ª Vara Federal Cível do DF, determinou que Bolsonaro use a máscara em público, sob pena de multa diária de R$ 2 mil se ele não cumprir a decisão. A Justiça acatou uma ação popular impetrada pelo advogado Victor Mendonça Neiva.
Bolsonaro tem de usar a máscara facial nos espaços públicos do Distrito Federal, nas vias públicas, áreas de transportes públicos, estabelecimentos comerciais e industriais e locais de serviço.
Para tentar conter a contaminação do coronavírus, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB-DF), decretou que o uso da máscara é obrigatório desde o dia 30 de abril. A partir de 11 de maio, quem não cumpre o decreto corre o risco de ser multado. O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi multado porque compareceu sem a máscara a uma manifestação contra o Congresso, o STF e a favor da intervenção militar, .
À tarde, mais outro problema para Bolsonaro. A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal para ouvir o
presidente no inquérito que investiga as acusações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre a tentativa de interferência de Bolsonaro na instituição. As acusações são de que o presidente queria proteger os filhos em apurações da PF. O ministro Celso de Mello é o responsável pelo inquérito no STF. Ele que vai decidir se Bolsonaro vai depor, quando e se será presencial ou por escrito. Na reunião ministerial do dia 22 de abril, Bolsonaro falou sobre o assunto. "Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou", avisou.
Logo depois do depoimento de Sergio Moro, na Polícia Federal de Curitiba, Jair Bolsonaro tentou justificar a exigência para a troca de comando da superintendência para garantir a segurança de sua família. Como se sabe, o Gabinete de Segurança Institucional é responsável pela segurança do presidente da República. O próprio ministro do GSI, general Augusto Heleno, que tem forte ligação com Bolsonaro, confirmou à PF, em ofício, que desde a posse, em 2019, já foram feitas duas substituições no comando da segurança, a última em março desse ano. O ministro Augusto Heleno não informou o motivo das trocas. A afirmação é um duro golpe na linha de defesa de Jair Bolsonaro.
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