20/06/2020 às 09h12min - Atualizada em 20/06/2020 às 09h12min

QUEM DIRIA, QUEIROZ É MILIONÁRIO!

SUSTENTAVA OS BOLSONAROS...


É impressionante como as pessoas são maldosas! A polícia, o Ministério Público, a imprensa, meus vizinhos, é todo mundo muito maldoso. Ninguém era capaz de imaginar que o pobre Fabrício Queiroz fosse uma pessoa endinheirada. Mal ele entrava em uma agência bancária, os seguranças colocavam a mão no coldre, olhava um pro outro, os caixas mexiam-se inquietos, trocando olhares, e todas as câmeras concentravam-se em um único ponto – o caixa onde Queiroz tinha chegado. Tcham! Tcham! Tcham! O que será que este ser quer aqui?!!?

Pobre Queiroz... Tinha ido ao banco apenas para fazer uma caridade - coisa que fazia de todo o coração. Muito preocupado com o andar da carruagem de seus patrões - os pobres Bolsonaros - resolveu dar uma mãozinha. Foi lá e pagou, em dinheiro vivíssimo, as mensalidades escolares das duas filhas do Filho Flávio. Uma caridade de apenas R$ 6,9 mil, no dia 1º de outubro de 2018. Já tinha feito isso antes e faria outras vezes, sempre que os pobres patrões precisassem. Chegou a pagar R$ 261,6 mil desses boletos. Uma ninharia, diante da felicidade que via brilhar nos olhos dos seus patrões.

A polícia, que acha que todo mundo é bandido e vive à caça de culpados, viu isso tudo com maus olhos. O Ministério Público, idem. Tratou logo de apontar, no pedido de prisão preventiva de Fabrício Queiroz, na quinta-feira, 18, indícios de que o ex-assessor do Filho senador Flávio Bolsonaro pode ter sido o responsável por até R$ 286,6 mil em pagamentos e transferências, em espécie, para cobrir despesas do então deputado estadual e de sua mulher, Fernanda Antunes. Os valores referem-se a repasses de 2011 e, principalmente, a pagamentos de mensalidades escolares e do plano de saúde da família de Flávio, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2018. Que mal há nisso? Será que Fabrício Queiroz não tem esse direito? Não pode fazer uma simples doação aos patrões que tanto ama?

As autoridades concluíram que, “portanto, o dinheiro utilizado o pelo operador financeiro (Como assim? O pobre Queiroz?!) para pagar as mensalidades da escola das filhas do líder da organização criminosa (que que é isso?!!!)  não proveio das fontes lícitas de renda do casal, mas sim dos recursos em espécie desviados da Alerj e entregues por ‘assessores fantasmas’ a Fabrício José Carlos de Queiroz”. A que ponto chega a maldade humana! O pobre do Queiroz, mesmo depois de despedido - mas caridoso como sempre – pagou ainda esses boletos durante dois meses. Mais não fez, porque tinha que separar uns trocados para contratar um advogado e pagar o aluguel de um sitiozinho em Atibaia, em Sampa.

Não ficará assim. Deus, que tudo vê, será justo com os justos e injusto com os injustos. Ou será que é tudo ao contrário?

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