17/06/2020 às 08h45min - Atualizada em 17/06/2020 às 08h45min

O CREPÚSCULO DO ALVORADA:

BOLSONARO NÃO SOUBE BOTAR A BOLA NO CHÃO...


Perdeu, Brou!
Depois de lançar arrogância por toda parte, Bolsonaro sentiu nos ombros o peso da responsabilidade pelo jogo sujo que seus apadrinhados estariam fazendo. Dessa vez, falou manso. Disse que tomaria medidas legais para proteger seus aliados investigados pelo STF. O que é uma boa jogada – afinal, o que o país aguarda é que o governo comece a jogar limpo, sem ter que apelar para fakenews.

Ele reclama do apito dos juízes contra os “companheiros” que tiveram sigilos fiscais quebrados e viraram alvo de investigação da Polícia Federal (PF). Na véspera, Sara Winter, que joga no time de Bolsonaro, foi afastada da pelada, por causa do jogo desleal, com organização de manifestações antidemocráticas.
 
Bolsonaro, mau perdedor, disse que vai reagir, que não vai "assistir calado", enquanto "direitos são violados e ideias são perseguidas", tentando demonstrar que ele e seu time são vítimas dos juízes. Mas o público inteiro já viu que foram Bolsonaro e sua “equipe” que partiram pro ataque à Constituição e ameaçaram a democracia. Bolsonaro chegou a declarar que vai tomar "todas as medidas legais" para proteger seus aliados investigados pelos juízes Supremo. Quer apelar pro “tapetão” contra o Supremo!!! Pode isso, Arnaldo? Não pode, não.
 
Nessa terça-feira, 16, a Polícia Federal foi pro ataque e cumpriu 21 mandados de busca e apreensão por investigação sobre manifestações antidemocráticas. Entre os alvos da operação policial estão dirigentes do Aliança pelo Brasil, o “time” que Bolsonaro pretende fundar, com blogueiros, deputados e youtubers de extrema direita, para suas próximas jogadas eleitorais.
Alexandre de Moraes, que atua como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais e um senador que atuam pelo time bolsonarista. Bolsonaro foi pras redes sociais e disse que era um "abuso".
O relator do inquérito, juiz Celso de Mello, que investiga se Jair Bolsonaro tentou jogar politicamente na Polícia Federal, disse que é preciso resistir jogando "com as armas legítimas da Constituição e das leis do Estado brasileiro" e observou que, "sem juízes independentes, jamais haverá cidadãos livres neste País". Celso de Mello criticou a postura atrevida de não se cumprir ordens judiciais, numa alusão óbvia ao joguinho de Bolsonaro.
 
A galera, pode crer, está aplaudindo o juiz!
 
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