Nessa quinta-feira, dia 11, durante o I Ciclo de Palestras Online do Vivarium/UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), a palestra do Prof. Dr. Otávio Luiz Vieira, professor de História da África da Universidade Federal do Paraná, foi covardemente atacada por vários perfis que, após entrar na plataforma onde ocorria a videoconferência, começaram a escrever no bate-papo e gritar no áudio palavras como “Mito!”, “Bolsonaro mito!” e “fora petistas!”. Um desses perfis chegou ao extremo de projetar um site de conteúdo pornográfico na área para slides.
A palestra, obviamente, foi interrompida e os organizadores fecharam a sala virtual pública, para em seguida continuarem a palestra em modo privado, em outra sala. Essas coisas têm acontecido por toda parte, em cada canto do país. Em palestras online de africanistas, como a da Profª. Drª. Lucilene Reginaldo (UNICAMP), e em diversas videoconferências relacionadas ao racismo.
O que esses trogloditas fascistas querem é exatamente isso. Impedir o avanço da educação, da cultura, o avanço do país. Essa é a proposta desse presidente que temos, apoiado por seu braço à direita, Abraham Weintraub, um ser escolhido a dedo para essa missão. Ou existe outra explicação? Esse ministro da Educação, segundo destaca hoje Josias de Souza em sua coluna, traz em seu currículo três artigos publicados, sendo que um deles foi publicado duas vezes em revistas distintas. Com um detalhe: dos três artigos publicados, uma é em co-autoria com a esposa e outro com seu irmão. Sozinho, escreveu um artigo na vida. As revistas que publicaram seus artigos são a Revista Brasileira de Previdência e a Revista Chilena de Derecho del Trabajo y de La Seguridad Social. Segundo o Qualis – Periódico, as revistas estão na categoria B4 e B5, o que significa que as publicações têm baixíssima relevância científica. É o mesmo nível de relevância desse governo Bolsonaro.
