10/06/2020 às 15h32min - Atualizada em 10/06/2020 às 15h32min

HERÓIS NA LUTA PELA VIDA VOLTAM PARA CASA

POPULAÇÃO APLAUDE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NAS RUAS DE HAVANA

Depois de mais de dois meses de muito trabalho para combater a pandemia do coronavírus na Itália, um dos países que mais sofreram com a Covid-19, os profissionais de saúde cubanos voltaram para a casa. Eles foram recebidos como heróis nacionais pela população que estava nas ruas de Havana, capital de Cuba, mostrando o orgulho dos médicos e enfermeiros que arriscaram as vidas para ajudar os italianos.
A mesma sensação foi reafirmada na mensagem do presidente Miguel Diaz-Canel Bermúdes. “O regresso de vocês nos enche de profundo orgulho, porque retornam com saúde e com a mais humanitária das missões cumpridas: salvar vidas. Depois de mais de dois meses de intenso e arriscado trabalho, nada nos gostaria mais que abraçá-los, um a um, para agradecer a sua heróica missão. Só podemos tocar seus corações com palavras e dizer para vocês com a mais profunda das nossas emoções: obrigado!"

Miguel Diaz-Canel também ressaltou o carinho que o povo cubano tem pelos profissionais que foram para longe ajudar quem estava precisando. “Vocês representam a vitória da vida sobre a morte, da solidariedade sobre o egoísmo, do ideal socialista sobre o mito do mercado. Com seu nobre gesto e sua bravura de desafiar a morte para salvar vidas, vocês mostraram ao mundo uma verdade que os inimigos de Cuba têm pretendido silenciar ou esconder: a força da medicina cubana. O mundo está agradecido pela cooperação e solidariedade, dos recursos da vontade humana que Fidel nos ensinou a cultivar como princípios fundamentais da Revolução no poder”, exaltou o presidente cubano.

Equipes de médicos e enfermeiros partiram de Cuba para combater a Covid-19 em 23 países. Além da Itália, países como o México, a Nicarágua e a Venezuela foram atendidos nos pedidos de ajuda pelo governo de Havana. 
Logo que o coronavírus chegou ao Brasil, o ministério da Saúde anunciou que ia chamar de volta os profissionais cubanos que ficaram no Brasil, mesmo depois que o presidente Miguel Diaz-Canel rompeu o acordo de cooperação em reação aos ataques do presidente Jair Bolsonaro. Antes mesmo de assumir, Bolsonaro chegou a acusar os profissionais até de “fazer núcleos de guerrilha no Brasil”. Como era de se esperar, a convocação não foi feita e a falta de médicos prejudica, ainda mais, o combate ao coronavírus no país. 
Os 8.500 profissionais cubanos chegaram com o programa Mais Médicos, criado em 2013, na gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff. A população, principalmente das áreas mais afastadas dos grandes centros, está até hoje sem assistência médica. O Brasil registra um dos maiores números de mortes e de casos de contaminação no mundo. Enquanto isso em Cuba, o governo anunciou, nessa terça-feira, que foram registrados apenas cinco novos casos de contaminação, índice mais baixo da últimas semanas, e que há dez dias não foi registrada nenhuma morte causada pelo coronavírus. O ministro da Saúde Pública, José Angel Portal Miranda, afirmou que 83 pessoas morreram e 2.025 foram contaminadas. Entre os 35 países das Américas, Cuba está no 18º lugar de casos da pandemia, com a baixa letalidade de 3,76%.
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