'Jair Bolsonaro é o líder político mais incompetente em uma democracia'. É o que diz hoje, 1º de junho de 2020, a revista de consultoria política para a América Latina Consultancy Latin America. Não é novidade para nós, pobres brasileiros, que herdamos essa coisa para conduzir o país...
Diz a revista: A decisão do presidente de direita do Brasil, Jair Bolsonaro, de colocar o crescimento econômico do país à frente da vida das pessoas faz dele o líder político mais incompetente em qualquer democracia do mundo, de acordo com o Executivo da empresa de consultoria Eurasia Group, Ian Bremmer (cientista político americano especializado em política externa dos Estados Unidos, de estados em transição e risco político global), que sugeriu em seu feed do Twitter que, apesar de “muita concorrência”, ele nunca viu um tal “nível de irresponsabilidade vinda de um líder democraticamente eleito”.
Da mesma forma que nas eleições de 2016 nos EUA, a disputa presidencial do Brasil em 2018 levou o direitista Jair Bolsonaro e seu (ex) partido PSL ao poder, com o ex-militar prometendo livrar o Brasil do “socialismo” e cortar profundamente serviços públicos, a previdência social, etc. Desde que assumiu o cargo, não há sinais de que o presidente esteja interessado em unir o país ou em mudar de tática para fazer aliados no cenário global - mesmo em meio à atual crise internacional do coronavírus (Covid-19). De qualquer forma, a pandemia viu Bolsonaro fortalecer sua marca indelével de populismo, insistindo que o vírus potencialmente letal não passa de uma "gripe", mesmo quando o Brasil mantém o título sombrio de ter o maior número de casos covídeos do mundo em 19 anos, depois dos EUA. Até ontem (dia 31), o Brasil tinha atingido mais de 29.000 mortes por coronavírus Covid-19, com cerca de 500.000 infecções relatadas - e, como é o caso em outros países, especialistas em saúde sugerem que a situação poderia ser pior, mas que a realidade está sendo mascarada pela falta de testes no Brasil.
Um estudo recente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo estimou que o número de infecções por coronavírus poderia ser cerca de 15 vezes maior do que o número oficial - algo que, se verdadeiro, significaria que o total real de casos de coronavírus no Brasil é de mais de 7 milhões. Isso seria quatro vezes maior que o total de infecções nos EUA e provavelmente significaria uma contagem corporal proporcionalmente maior. De acordo com as médias de sete dias de novas mortes por milhão de coronavírus (Covid-19) publicadas por Our World in Data no final de maio, a Suécia está no topo com uma taxa de 4,7, com o Brasil logo atrás, com 4,49, e o Reino Unido, com média de 4,46 .
Infelizmente, nós, brasileiros sofremos diariamente na pele, na carne, no corpo inteiro, a terrível realidade de ter um Bolsonaro na presidência. Ele, sozinho, vale por inúmeras epidemias. E se acrescentar os seus penduricalhos...
