28/05/2020 às 14h14min - Atualizada em 28/05/2020 às 14h14min

ACABOU O CAFÉ?

SÓ TEM BORRA?


Esse povo é muito maldoso. Veem o pobre presidente Bolsonaro sempre com os olhos da maldade e os ouvidos da crueldade. Gente, ninguém percebeu ainda? Jair Bolsonaro é uma flor de pessoa... tão delicado... Vocês têm que entender a santa alma que ele carrega em direção a todos. Se ninguém entende, nem mesmo faz força para entender, esse santo homem sairá muito prejudicado. Pensem bem. Tentem lembrar a cena nossa de cada dia. Ele sempre se dirigia, humildemente, para aqueles insuportáveis jornalistas - repórteres, fotógrafos, ao lado de lambe-lambes, que se amontoavam às margens do Alvorada para unicamente atazanar o seu dia a dia – com o objetivo único de saber se eles estavam passando bem, se já tinham sido atendidos, essas delicadezas que só um presidente como Bolsonaro pode imaginar. Um doce de pessoa! Desses docinhos que os mineiros, unicamente os mineiros são capazes de pôr no mundo. Ele não é mineiro? A família é de origem italiana? Meno male. Traz a doçura no sangue. Não, não, não disse que ele quer ver sangue, estava apenas dando um exemplo de doçura. Esse é o problema. Qualquer coisa que se fala cai diretamente no buraco da maldade. Pobre Jairzinho, ele não é o furacão que se imagina, longe disso, nem é de Copacabana. Nasceu em Glicério, perto da nossa humaníssima Sampa, distante 430km de Campinas, onde foi aliás que Jairzinho ficou registrado para sempre! Bom. Não vou me alongar, senão as más línguas vão dizer – como disseram outro dia – que estou apenas querendo puxar o saco. Vão distorcer, como fizeram hoje com o incompreendido Jairzinho. Na sua insana disposição para agradar a todos, dirigia-se aos jornalistas do coração para oferecer um cafezinho, quando, subitamente, um daqueles garçons musculosos que o acompanham disse algo ao seu ouvido. Ninguém ouviu nada, mas todos notaram que nosso Jair ficou visivelmente chateado e soltou a frase: “Acabou o café... só tem borra!” Pronto, por que foi dizer isso? Foi o suficiente para as más línguas sibilarem. “Ele falou ‘porra!’...”, disse um. “Não seja maledicente... ele falou para o garçon: ‘acabou... corra!’” O “disse me disse” correu solto.

Onde eu estava mesmo? Discorrendo sobre as delicadezas de Bolsonaro? Belisca aqui, pirei de vez...

HG

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