26/05/2020 às 19h12min - Atualizada em 26/05/2020 às 19h12min

​QUE PAÍS É ESTE?

UM PAÍS DE WITZELS E BOLSONAROS!


Se alguém se empenhasse, alguns anos atrás, 2 ou 3, em prever o destino do nosso Brasil, esse país que aos trancos e barrancos aprendemos a amar intensamente, jamais ­- jamais! – poderíamos imaginar esse país esparramado e contorcido diante de nós. E não me venham dizer, reduzir tudo a uma “briguinha política”, uma “disputa à toa entre esquerdas e fascistas”. Nada a ver. As disputas políticas, bem ou mal, são enriquecedoras, trazem debates, apontam direções, enriquecem a forma de traçar destinos. Ao contrário, quando nos vemos todos envolvidos, abismados, por essa trama “witzelbolsonárica”, só nos resta o desespero. Como foi que nos permitimos isso???!!!??? Como não percebemos desde o início a ação perniciosa desses bandidos fascistas, apoiados por grupos econômicos delirantes, desenvolvendo um excelente e fatal sistema eleitoral, surpreendente, na época? Como não vimos que eles estavam passando a mão em nosso país?
 
Pois é. Que país é este, Francelino Pereira?!
 
É um país que não aceitamos - e não podemos nos acomodar. Não aceitaremos essa situação torturadora. Danem-se quarentenas (mais que necessárias)! Danem-se as hiposuperhidroxicloroquinas! Não podemos recuar, não podemos aceitar essa bandidagem no poder. Não podemos fechar os olhos, tapar os ouvidos e torcer o nariz para as denúncias feitas por Paulo Marinho, por exemplo. Ele afirmou à Folha que Flávio Bolsonaro recebeu, em 2018, informação privilegiada da Polícia Federal sobre investigações que atingiriam o então assessor dele, Fabrício Queiroz, e a filha dele, Nathalia, que trabalhava no gabinete de deputado federal de Jair Bolsonaro em Brasília. A informação, repassada entre o primeiro e o segundo turno das eleições, fez com que a família Bolsonaro demitisse os dois assessores no dia 15 de outubro daquele ano. Marinho disse que o próprio Flávio, senador, revelou que teria enviado emissários para falar com o delegado-informante. Um deles teria sido o coronel Miguel Braga Grillo, que trabalha até hoje no gabinete do senador. As duas testemunhas vão depor em inquérito aberto por Celso de Mello, no STF, para investigar as declarações de Sérgio Moro, aquele ex-ministro da Justiça, que acusa Bolsonaro de tentar interferir na PF para proteger amigos e sua família. E o mais importante: Celso de Mello decretou sigilo e negou acesso de Flávio Bolsonaro ao depoimento de Paulo Marinho, disse que a lei desautoriza, 'por completo', pedido de senador para acompanhar o testemunho. Disse que o inquérito policial, "em face de sua unilateralidade e consequente caráter inquisitivo, não permite que, nele, se instaure o regime de contraditório". Por isso, a lei "desautoriza, por completo", o pedido feito pelo senador Flávio.
 
Isso tudo pode ser revigorante, é ou não é? É o gás que precisamos. Podemos retomar a energia necessária para lutar por um país livre de witzels e bolsonaros.
 
Leia também Brasil247 e Folha
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