14/04/2020 às 15h49min - Atualizada em 14/04/2020 às 15h49min

MOURÃO DISPARA A ARTILHARIA

VICE-PRESIDENTE MANDA RECADO PARA BOLSONARO


O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), começou essa terça-feira, 14 de abril, relembrando a participação da FEB na Segunda Guerra Mundial. Pelo Twitter, o general escreveu: “Na data de hoje,em 1945, precedido por bombadeio de nossa aviação e artilharia, começou às 13h30, o ataque da FEB a Montese. O pelotão do Ten Iporã, do 11º RI, MG, ultrapassou os alemães na orla da cidade e lutou casa por casa até conquistá-la”. Inspirado na FEB, Mourão apontou a artilharia para a história do Brasil em tempo real. O primeiro alvo, foi o presidente Jair Bolsonaro, lembrando, em entrevista ao Estadão, o que dizia Lyndon Johnson: "Se um homem ao assumir a presidência não pode buscar implementar aquilo que ele julga correto, para aque ser presidente então?"
 
Depois, partiu para os campos de polo e mirou no ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Veja o Twitter do general repercutindo a entrevista de Mandetta, no programa Fantástico, no domingo, 12 de abril, quando ele criticou o comportamento do presidente Jair Bolsonaro no combate ao coronavírus.

Já no mundo real, na entrevista ao Estado de São Paulo, o general Hamilton Mourão disse ser contra a demissão do ministro. "Eu julgo que não deve trocar o ministro neste momento. Cabe mais uma conversa entre o presidente e o Mandetta".
O vice-presidente também ironizou os protestos de apoiadores de Bolsonaro, que saíram às ruas no fim de semana para pedir o fim do isolamento. Ele chamou os bolsonaristas de “isolamento zona sul”, referindo-se à região mais rica e famosa do Rio de Janeiro, e que são "pessoas que estão confinadas e que não têm seus salários afetados, que recebem comida de delivery". E disparou. “Essa turma está incomodada porque sua vida está compactada. Foram manifestações bem pouco expressivas”. E Mourão alertou. “Não vimos a favela descer em peso protestar que estão confinados. Seria uma manifestação bem mais complicada do que carreatas”, disse ao jornal.
Na entrevista, o vice-presidente defendeu o “isolamento inteligente”, mas não para agora. Mourão acha que só depois que o Brasil melhorar a capacidade de fazer testes do coronavírus. Hoje, é o país que menos faz testes da Covid-19 entre os 15 mais afetados pela doença. “Advogo um isolamento que seja inteligente. Mas para isso temos que melhorar a nossa capacidade de testagem. O corona está em 400, 500 municípios do País, temos 5 mil. As áreas onde o vírus não penetrou poderiam ser isoladas, as atividades se dando de forma formal. Poderiam ter medidas determinadas para determinados bairros, mas isso não chegou a mim.
Temos que ser mais inteligentes na questão do isolamento”, afirmou.
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