A revista The Economist (que aliás é neoliberal), na sua edição com data de capa de 11 de abril de 2020, diz que Bolsonaro “se isola no caminho errado” e que “grande parte do governo trata o presidente como um parente difícil que mostra sinais de insanidade”.
A revista destaca que Bolsonaro é “um dos quatro governantes do mundo que continuam negando a ameaça à saúde pública representada pelo covid-19”. Os outros três são os presidentes da Bielorrússia (Aleksandr Lukashenko), do Turquemenistão (Gurbanguly Berdimuhammedow) e da Nicarágua (Daniel Ortega). A revista diz que “o enfraquecimento de Jair Bolsonaro em meio aos esforços do seu próprio governo para conter o vírus pode marcar o início do fim de sua presidência”. (Seria tão bom que isso realmente se concretizasse...) Diz também que Bolsonaro é “o ex-capitão do exército que gosta de governantes militares”, e que, desde o princípio, tratou a pandemia do coronavírus como “apenas uma gripezinha”.
The Economist afirma que nós, os brasileiros, já nos acostumamos “às suas bravatas e à sua ignorância em questões que vão desde a conservação da floresta amazônica até a educação e o policiamento. Mas que, desta vez, o dano é imediato e óbvio: Bolsonaro usa retórica desafiadora para sabotar a saúde pública”. Nós, quem, cara-pálida? Ninguém se acostumou nem vai se acostumar. Queremos que essa coisa saia daqui para o raio que o parta!
A The Economist também considera que “pode haver pouca dúvida de que a conduta do presidente mereça constitucionalmente um impeachment, como já aconteceu com Collor em 92 e Dilma em 2016. Mas, por enquanto, Bolsonaro mantém apoio público suficiente para sobreviver”. Diz que ele “é apoiado por um pequeno círculo de fanáticos ideológicos estimulados pelos seus três filhos, por muitos fanáticos evangélicos, e ainda é apoiado pela falta de informações sobre a covid-19 entre alguns brasileiros”.
Resumindo: a revista The Economist considera que o Brasil é conduzido por um maluco – coisa que nós também achamos. O melhor exemplo disso foram aqueles 10 ou 15 minutos em rede de televisão nessa quarta-feira, dia 8. Tem coisa mais inútil e maluca do que aquilo?!? E o custo é nosso!!!