Duas pesquisas divulgadas, nessa sexta-feira, mostram que a população apoia o isolamento social e a gestão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta no combate ao coronavírus. Ao insistir para acabar com o isolamento social decretado pelos governadores para conter a propagação do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro está caindo para o lado oposto da maioria da população. Pesquisa da Corretora XP Investimento - divulgada nesta sexta-feira, 3 - revela que 80% dos entrevistados, por telefone, consideram que ficar em casa é o mellhor caminho para combater a pandemia. Para 12%, é um exagero; 6% não concordam que seja a melhor medida; e 3% não souberam responder. A opinião dos entrevistados causou uma devastação na avaliação do governo Bolsonaro: 42% consideram Ruim/ Péssimo (antes eram 36%). O índice dos que acham o governo Regular caiu para 27% (antes do coronavírus eram 31%). Ótimo/Bom teve uma queda de 2% (antes eram 30%, agora são 28%). É a primeira vez que o governo Bolsonaro fica abaixo dos 30%.
Bolsonaro despenca e os governadores “estouram” na aprovação.
A população considera que as medidas decretadas para diminuir a circulação nos estados e manter as pessoas em casa são certas: 44% consideram os governos dos estados Ótimo/Bom (antes eram 26%). O índice dos que acham Regular, diminiu: de 43% para 37%. Os governadores agora são considerados péssimos por apenas 15% (antes eram 27%).
No Sudeste, ds governadores Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, e de São Paulo, João Doria, viram os seus índices de aprovação subir muito. Antes da pandemia do coronavírus, 22% avaliavam Ótimo/Bom; agora são 37% dos entrevistados. Os que achavam as administrações Regular eram 46%; agora são 38%. Ruim/Péssimo desabou. Antes eram 27%, agora são 19%.
O Congresso - que se mexeu para aprovar medidas para diminuir as consequências do coronavírus na vida da brasileiro - também melhorou na avaliação dos entrevistados. Agora, 18% consideram o trabalho Ótimo/Bom (antes eram 13%). Para 45% o Congresso é Regular (antes 37%). Diminuiu muito a avaliação negativa. Antes da votação das medidas para ajudar a população, 44% achavam Péssimo o trabalho dos senadores e deputados; agora esse número caiu para 32%.
No meio da pandemia e da briga do presidente Jair Bolsonaro com os governadores para diminuir e até acabar com o isolamento social, a pesquisa também quis saber como os entrevistados acham que vai ser o fim do mandato de Jair Bolsonaro: 37% acham que vai ser Ruim/Péssimo, Regular para 20% e Ótimo/Bom para 34%.
Ainda nesta sexta-feira, dia 3, a Datafolha divulgou uma pesquisa que tem tudo para aumentar a crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A aprovação de Mandetta disparou, nas duas últimas semanas, e é o dobro da registrada por Bolsonaro: A aprovação da condução da crise do novo coronavírus pelo Ministério da Saúde disparou, e já é mais do que o dobro da registrada por Jair Bolsonaro: 76% aprovam como o ministério da Saúde vem conduzindo o combate ao coronavírus (antes eram 55%). Os que consideram o trabalho regular são 18% (antes eram 31%). A reprovação caiu de 12% para 5%. Governadores e prefeitos também têm avaliação superior à do presidente: subiu de 55% para 58%.
A reprovação da Bolsonaro no combate ao coronavírus subiu de 33% para 39%, crescimento na margem de erro. A aprovação segue estável (de 33% para 35%) e a avaliação regular também (de 25% para 26%). A proposta de Bolsonaro para o isolamento vertical é reprovada por 60% dos entrevistados.
A pesquisa Datafolha foi feita de entre os dias 1º de abril, quarta-feira, e essa sexta-feira, 3 de abril. O levantamento ouviu 1.511 por telefone, para evitar contato pessoal. A margem de erro é de três pontos percentuais.