31/03/2020 às 17h36min - Atualizada em 31/03/2020 às 17h36min

​OMS REBATE MENTIRA DE BOLSONARO

DIRETOR-GERAL DEFENDE APOIO A QUEM PERDEU RENDA

 
O inimigo é invisível, mas os cientistas, os especialistas e a Organização Mundial de Saúde definiram a estratégia mais rápida e eficaz para conter a contaminação do coronavírus: o isolamento social. Quanto menos gente estiver nas ruas, mais facilmente as autoridades de saúde podem identificar as áreas de maior incidência da infecção e planejar melhor o atendimento aos pacientes e o combate ao vírus.

A estimativa é de que 3 bilhões de pessoas no mundo estão seguindo as orientações dos especialistas. A maioria dos governos decretou medidas restritivas para diminuir a circulação das pessoas e reduzir a velocidade da transmissão do coronavírus. O presidente dos EUA, Donald Trump, e seus “seguidores” optaram em defender a economia dos seus países, em detrimento da saúde da população. O presidente Jair Bolsonaro também foi um dos seguidores dele e minimizou a pandemia, chamando até de “gripezinha” e “resfriadinho”. Nem mesmo depois que Trump reconheceu o erro e decretou medidas para tentar conter o avanço da contaminação no seu país, Bolsonaro passou a ouvir os cientistas e especialistas. Bateu “pé firme” que o Brasil não podia parar. Como não assumiu o papel que cabe ao presidente de um país de coordenar as ações de combate ao coronavírus, os governadores e prefeitos foram cuidar da população em suas áreas.

Bolsonaro passou a brigar com todo mundo que discordava da ideia que ele defende, de que o povo tem que trabalhar, só isolar as pessoas acima de 60 anos. Como a maior parte da população entendeu que para defender a vida tinha que ficar em casa, Bolsonaro começou a usar as redes sociais para divulgar fakenews sobre prováveis curas da doença. Até as principais redes sociais reagiram às mentiras que põem risco à vida da população. A Justiça também discordou das atitudes do presidente. O que ele fez? Começou a distorcer a opinião do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom, ao afirmar que o dirigente defendia que os “informais têm que trabalhar”. Ao ser questionada pela TV Globo, nessa terça-feira, a Organização negou que o diretor-geral tenha dito que era contra o isolamento social. E disse que Tedros Adhanom defende que as pessoas que perderam renda por causa da Covid-19 recebam apoio.

Pela internet, o diretor-geral da OMS reafirmou a sua posição. “Pessoas sem fonte de renda regular ou sem qualquer reserva financeira merecem políticas sociais que garantam a dignidade e permitam que elas cumpram as medidas de saúde pública para a Covid-19, recomendadas pelas autoridades nacionais de saúde e pela OMS. Eu cresci pobre e entendo essa realidade. Convoco os países a desenvolverem políticas que forneçam proteção econômica às pessoas que não possam receber ou trabalhar devido à pandemia da Covid-19. Solidariedade”, concluiu o primeiro africano a dirigir a principal organização de Saúde do mundo. Tedros Adhanom nasceu na Etiópia.

O Congresso brasileiro já aprovou  o auxílio emergencial de R$ 600 para as pessoas mais necessitadas e trabalhadores informais. O benefício pode chegar a R$1200. Como depende do governo Bolsonaro, a pressão está sendo feita pelas redes sociais. Assim que  o Senado aprovou a renda básica, a hastag #PagaLogoBolsonaro assumiu o topo do Twitter, mas o governo ainda não definiu a data que o dinheiro vai chegar aos beneficiados.
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