A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é uma organização econômica intergovernamental com 36 países membros, fundada em 1961 para estimular o progresso econômico e o comércio mundial. É uma organização importantíssima, da qual o Brasil pretende (e precisa...) fazer parte. Mas que agora, graças a esse bolsonarismo desenfreado, pode ficar de fora para sempre.
A OCDE, em documento interno, pede que o governo Bolsonaro “assuma firmemente a dianteira” no combate ao coronavírus e adote “medidas apropriadas de confinamento” para conter o avanço da pandemia no país, “seguindo aquelas medidas já implementadas por administrações estaduais e municipais”. Trata-se ainda de um documento preliminar e que ainda é reservado (ao qual o Valor teria tido acesso) que faz parte de um panorama global em elaboração pela OCDE sobre as ações tomadas em cada país no enfrentamento ao coronavírus (covid-19). O trecho do relatório que fala sobre o Brasil foi distribuído antecipadamente a autoridades brasileiras, que reagiram com insatisfação e se mobilizam agora para alterar o texto que vai para o relatório final.
Em vez de de se mobilizar para alterar o texto, nossas “autoridades” deveriam se mobilizar para alterar o cérebro daquele ser que ocupa a presidência da República. Em vez de circular pelas cidades-satélites de Brasília apertando mão de populares, deveria tratar de se isolar. De preferência, se isolar pra sempre, sair do mapa, esquecer que o Brasil existe. O mundo inteiro agradece.
