25/03/2020 às 13h24min - Atualizada em 25/03/2020 às 13h24min

​A VOZ DA MORTE!

É A VOZ DE BOLSONARO...

 
Cozido no caldeirão das fakenews que funciona ao lado do seu gabinete de presidente, conhecido como “gabinete do ódio”, o discurso de Bolsonaro em rede nacional foi a encarnação da voz da morte.
Na contramão do isolamento e da paralização econômica que os governos de todo o mundo estão adotando, Bolsonaro, movido tão somente por suas ambições ditatoriais, conclamou ontem o povo a romper com a quarentena e ainda disse para as crianças voltarem às escolas.
Ele próprio teve a doença, mas a escondeu criminosamente pondo em risco de contágio o seu governo e de quem ele se aproximou, como o fez na manifestação do dia 15 de março em frente ao palácio do Planalto.

Por conta de um presidente que não governa, não lidera e é absolutamente ignorante, o Brasil está envolvido em uma guerra em duas frentes: a guerra de toda a Nação contra a pandemia e a guerra política de Bolsonaro contra quem combate a pandemia. É uma situação anômala, absurda, que nem mesmo os Estados Unidos de Trump estão vivendo.
Bolsonaro ignora completamente os riscos mortais da pandemia para o conjunto da sociedade e despreza o fato de que o epicentro do coronavírus começou na Ásia, passou para a Europa, começa a atingir agora os Estados Unidos e amanhã certamente chegará ao Brasil.
Ao contrário do que ele diz, não há contradição entre o necessário isolamento sanitário da sociedade e a inevitável paralisia temporária da economia, até porque esta última só pode funcionar com pessoas sadias e vivas.

Logo depois de seu pronunciamento em cadeia nacional todos os setores organizados da sociedade, inclusive as instituições republicanas, se pronunciaram repudiando seriamente seu discurso criminoso que ameaça a vida das pessoas e a sobrevivência da Nação.
Bolsonaro vive como Hitler, isolado em seu bunker, imaginando exércitos que não existem mais. Ele perdeu totalmente a credibilidade política e a autoridade institucional. Os governadores do Nordeste, de São Paulo e do Rio de Janeiro simplesmente não acatam mais suas determinações. É uma deposição a frio, em que ele está no cargo, mas na prática não governa.

Muito mais do que um impeachment, para o qual não há tempo diante do avanço da pandemia, o que a Nação exige é a interdição de Bolsonaro da presidência da República por representar sério risco de vida à sociedade brasileira.

O que sinto falta nesse momento tempestuoso e ameaçador é de um maior protagonismo da esquerda, que aparenta um vazio de liderança, quando na verdade sabemos que temos um grande líder.

Val Carvalho
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