Até outro dia, o mercado financeiro via 2020 com um crescimento mínimo da economia de 2%. Mas aí vieram os dados do fim de 2019, fracos, bem diferente do que esperavam. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) caiu 0,27% em dezembro na comparação dessazonalizada com o mês anterior. Com isso, o crescimento previsto ao redor de 2% em 2020 passou a ser encarado por parte do mercado financeiro mais como alvo do que como piso.
Itaú Unibanco e Bradesco, os dois maiores bancos, ainda mantêm (por enquanto) suas estimativas de 2,2% e 2,5%, respectivamente, para o crescimento em 2020. Mas, no caso do Itaú Unibanco, a tendência é mantida, mas com possibilidade de leve baixa (entendeu?).
O mercado ainda vê pontos favoráveis na construção civil, na safra agrícola recorde, no consumo das famílias, no mercado de trabalho e, principalmente, no aumento do crédito. Mas o desemprego tende a permanecer elevado, ao redor de 11%, apesar da expectativa de formalização mais acelerada das vagas hoje precárias.
E o trabalhador, qual suas expectativas, pra que lado torce? Embora não se espere nada dessa dupla Bolsonaro/Paulo Guedes, o trabalhador torce sempre para que o Brasil melhore. Caso contrário, adivinha quem sofre mais?