Assim como Lula, o Brasil inteiro está indignado com a taxa de juros de 13,75% ao ano, como foi fixada pelo Banco Central. E quem não estaria? Isso porque a desaceleração se espalha pela economia, segundo um estudo da FGV-Ibre, e essa perda de fôlego já contamina também o mercado de trabalho.
"A desaceleração da atividade é percebida com mais força por diferentes setores da economia e o mercado de trabalho começa a indicar perda de fôlego, principalmente vindo de serviços, com aumento da insegurança sentido também pelos trabalhadores, alerta o Boletim Macro, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre)", aponta reportagem de Marsílea Gombata, do Valor Econômico.
"Na edição de fevereiro, o boletim destaca que a manutenção da política monetária restritiva, com possível desancoragem das expectativas de inflação, e a desaceleração global devem levar o PIB a ter crescimento marginal de 0,2% em 2023 – resultado que só será positivo graças à agropecuária", acrescenta a jornalista, dentro do economês possível.
“A desaceleração da atividade é percebida pelo arrefecimento da demanda, principalmente no setor do comércio e serviços, pelo aumento dos estoques e ainda pela falta de insumos em alguns segmentos”, diz o boletim (traduzindo, os estoques estão altos, mas o poder de compra do consumidor está baixo...).
De acordo com os economistas Rodolpho Tobler e Viviane Seda Bittencourt, a confiança dos consumidores vem dando sinais de fraqueza desde o quarto trimestre de 2022. “Apesar do aumento do otimismo das famílias de menor poder aquisitivo no início do ano, o consumo das famílias tende a continuar desacelerando no primeiro trimestre, dado o peso de consumo das rendas mais altas e o nível de endividamento dos consumidores”, apontam.
Quem sobreviveu ao bolsonarismo tem a obrigação de avançar! Vamos apagar definitivamente essa praga de nosso dia-a-dia!