21/01/2020 às 12h22min - Atualizada em 21/01/2020 às 12h22min

ADIVINHA QUEM VAI PAGAR O PATO DA FIESP?

EMPRESÁRIOS CONTRA CONLUIO COM BOLSONARO.


Horácio Lafer Piva (ex-presidente da FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Pedro Passos (ex-presidente do IEDI - Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial - e conselheiro da Natura Cosméticos) e Pedro Wongtschowski (atual presidente do IEDI e conselheiro da Ultrapar) assinam na Folha de São Paulo desta terça-feira, dia 21, um artigo bem forte condenando o conluio entre o atual presidente da instituição, Paulo Skaf, e Jair Bolsonaro - o que pode decretar a “morte anunciada” da indústria.
 
“O que fazem os presidentes de sindicatos e os bons nomes que ocupam conselhos da entidade a, com seu silêncio, compactuar com o uso político, partidário mesmo, escolhas duvidosas, culto a personalidades?”, indagam os industriais, sobre o ‘escárnio’ com que tem sido ouvida a FIESP.
 
“Temos nos perguntado onde estão os colegas industriais. E se por ventura estão no núcleo ou na órbita desta FIESP dos últimos anos. Como não agem para que ela readquira seu papel de relevância e compromisso, que respeitem sua origem e sua carta de princípios, que seja ouvida com respeito - e não com escárnio –, que aponte caminhos em conjunto com outras representações, muitas das quais também necessitam de urgente renovação”.
 
O texto diz ainda que a “FIESP está em acelerado processo de destruição, centrada na sua insignificância, num processo de autoengano” e lamenta a destruição na cadeia produtiva da indústria.
 
Segundo levantamento recente feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para o jornal O Estado de São Paulo, entre 2015 e 2018, ao menos 17 indústrias fecharam as portas por dia, totalizando 25.376 fábricas fechadas no período.

“Empresas bem estruturadas continuarão sua marcha bem-sucedida e independente, mas, estamos certos, lamentarão, se não a falta de interlocução, o fraquejar de sua cadeia de fornecedores e subfornecedores nacionais e do seu espaço de coparticipação com outros pares da indústria. Uma pena. Morte anunciada”, diz o artigo.
 
Leia também na Forum, na Folha e no Brasil247.

 
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