20/01/2020 às 12h19min - Atualizada em 20/01/2020 às 12h19min

​ASSIM SE ARRASTA A HUMANIDADE:

8 HOMENS TÊM O MESMO DINHEIRO DE 3,6 BILHÕES DE POBRES


A Oxfam (confederação internacional de 20 organizações em mais de 90 países, incluindo o Brasil, com o objetivo de construir um futuro livre das desigualdades e da injustiça causada pela pobreza) vai a Davos para alertar o Fórum Econômico Mundial que apenas 8 homens possuem a mesma riqueza que a metade mais pobre do mundo (ou seja, cerca de 3,6 bilhões de pessoas).
O estudo foi baseado no Credit Suisse Wealth Report 2016 e na lista de milionários da Forbes e mostra que a diferença entre ricos e pobres aumenta a cada edição do estudo, numa velocidade muito maior do que a prevista.

Os 50% mais pobres da população mundial detêm menos de 0,25% da riqueza global líquida. São cerca de 3 bilhões de pessoas que vivem abaixo da chamada “linha ética de pobreza”, definida pela riqueza que permitiria que as pessoas tivessem uma expectativa de vida normal de pouco mais de 70 anos.
 
“O relatório detalha como os grandes negócios e os indivíduos que mais detêm a riqueza mundial estão se alimentando da crise econômica, pagando menos impostos, reduzindo salários e usando seu poder para influenciar a política em seus países” – é o que afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam no Brasil.

Segundo a organização, 1 em cada 10 pessoas no mundo sobrevive com menos de 2 dólares por dia. No outro extremo, a ONG prevê que o mundo produzirá o seu primeiro trilhardário em apenas 25 anos. Sozinho, esse indivíduo deterá uma fortuna tão alta que, se ele quisesse gastá-la, seria necessário consumir 1 milhão de dólares todos os dias, durante  2.738 anos, para acabar com tamanha quantia em dinheiro.

O discurso da Oxfam em Davos também mostrará que 7 de cada 10 pessoas vivem em países cuja taxa de desigualdade aumentou nos últimos 30 anos. “Entre 1988 e 2011, os rendimentos dos 10% mais pobres aumentaram em média apenas 65 dólares (US$ 3 por ano), enquanto os rendimentos dos 10% mais ricos cresceram uma média de 11.800 dólares – ou 182 vezes mais”, aponta o documento.
 
“A desigualdade está mantendo milhões de pessoas na pobreza, fragmentando nossas sociedades e minando as nossas democracias. É ultrajante que tão poucas pessoas detenham tanto, enquanto tantas outras sofrem com a falta de acesso a serviços básicos, como saúde e educação”, reforça Katia Maia.
 
O relatório destaca ainda a situação das mulheres (muitas vezes empregadas em cargos com salários menores) que assumem uma quantidade desproporcional de tarefas em relação à remuneração recebida. O próprio relatório do Fórum Econômico Mundial (2016) sobre as disparidades de gênero estima que serão necessários 170 anos para que as mulheres recebam salários equivalentes aos dos homens. As mulheres ganham de 31 a 75% menos do que os homens no mundo.
A sonegação de impostos, o uso de paraísos fiscais e a influência política dos super-ricos para assegurar benefícios nos setores onde mantêm seus investimentos são outros destaques do documento da Oxfam.
 
Sobre a Oxfam – Trata-se de confederação internacional de 20 organizações que trabalham em mais de 90 países, incluindo o Brasil, com o objetivo de construir um futuro livre das desigualdades e da injustiça causada pela pobreza.
 
Observação: a Oxfam pode aproveitar a viagem a Davos para alertar Bolsonaro que sua política fascista piora ainda mais o nosso mundo.
 
OXFAM
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