Brasil e China estão em negociação para produzir uma declaração conjunta defendendo uma saída negociada e pacífica para a guerra entre Rússia e Ucrânia, informa o colunista Jamil Chade, do portal UOL. Vale destacar que é o mínimo que eles poderiam fazer.
O texto final ainda está em debate, deixando os últimos movimentos para depois do encontro entre os presidentes Xi Jinping e Lula, que acontecerá apenas no dia 14 de abril, em Pequim. A declaração inclui mais de 20 acordos bilaterais e um dos pontos mais aguardados é a referência à guerra na Ucrânia, algo considerado sensível. A negociação está sendo conduzida pelo Palácio do Planalto e um dos pontos defendidos pelos chineses é a rejeição a qualquer referência acusatória contra a Rússia. A declaração também deverá mencionar a necessidade de estabelecer canais de diálogo para que facilitadores possam buscar soluções para a crise.
É bom lembrar que Lula tem defendido a criação de um grupo de contato formado por países que não estão diretamente envolvidos na guerra - mas a iniciativa tem sido recebida com "frieza" pela Europa e pelos EUA (talvez por considerar que o resto do mundo esteja um “gelo”) . Celso Amorim também esteve na França, dias antes de o presidente Emmanuel Macron viajar para Pequim.
A verdade é que alguém está se dando bem com essa guerra – e não é nem o povo russo nem o povo ucraniano...
Contribuição de uma leitora: Em Moscou bem depois da guerra vi sequelas até na geração seguinte, crianças. Lá e ainda hoje vejo filmes que dão uma ideia vívida do horror que é a guerra. Lamento tanto.