A crise ucraniana está causando grandes perdas tanto para a Ucrânia quanto para a Rússia. E também está causando grandes impactos negativos para a segurança alimentar e energética do mundo, à inflação global e ao processo de globalização. Será que isso não seria suficiente para dar um stop nessa loucura?
As duas guerras mundiais e a Guerra Fria já demonstraram que hegemonia, alianças políticas e confrontos entre grupos trouxeram apenas guerras e conflitos. E a crise ucraniana estás revelando mais uma vez a verdade de que, na guerra, todos saem perdendo, e que os diálogos e as negociações são não apenas a melhor mas a única maneira de resolver as disputas.
A China, em tese, não é uma parte envolvida nesta guerra – mas de fato é, não ficou de braços cruzados. Lançou documento com 12 propostas para orientar a resolução do problema. O conteúdo inclui o princípio de respeitar a soberania de todos os países, medidas detalhadas para a crise humanitária e reconstrução pós-guerra, entre outras. A publicação mostra a responsabilidade de uma potência para defender a justiça e impulsionar as negociações.
A China, por exemplo, enfatiza que todas as medidas favoráveis ao alívio da crise humanitária devem ser encorajadas e apoiadas. As ações humanitárias têm que respeitar o princípio de neutralidade e imparcialidade, a fim de evitar a politização da questão humanitária. As partes envolvidas no conflito devem respeitar rigorosamente a lei internacional sobre humanidade, evitar ataques contra civis e instalações de uso civil, proteger vítimas de conflitos e respeitar os direitos básicos dos prisioneiros de guerra.
Além disso, a China opõe-se ao ataque às instalações nucleares de uso pacífico, incluindo usinas nucleares, e apela às partes envolvidas para que respeitem a Convenção de Segurança Nuclear e a Lei Internacional, a fim de evitar um acidente nuclear deliberado. “Armas e guerras nucleares não podem ser usadas. A China opõe-se ao desenvolvimento e uso de armas bioquímicas por qualquer país em qualquer situação”, consta no documento.
Não é à toa que China significa ‘Império do Meio’...