23/04/2022 às 08h07min - Atualizada em 23/04/2022 às 08h07min

FIM DA GLOBALIZAÇÃO.

É O FIM PARA O BRASIL?



O sociólogo português Boaventura Sousa Santos afirmou que o mundo assiste ao fim da globalização e que o Brasil “está no olho do furacão”.
 
“O Brasil, como é realmente um grande país, olha muitas vezes para dentro e não para fora. É muito importante olhar para fora nesse momento”, advertiu.
 
Ele fala que o mundo caminha para ter dois grandes sistemas financeiros, sendo um lastreado pelos Estados Unidos e outro pela China. E considera que o Brasil, apesar de sua relação próxima com os americanos (inclusive geograficamente falando), como integrante dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), tem relação forte com a China.
 
O sociólogo analisou que o Brasil é um país em disputa. “Nesse momento o Brasil está no olho do furacão. Fundamentalmente estamos assistindo ao fim da globalização como a gente a conhecia. Nitidamente caminhamos para dois sistemas financeiros paralelos, um elaborado pela China e outro pelos Estados Unidos. Acontece que o Brasil pertence aos BRICS e, portanto, será um dos países que estará do outro lado do sistema financeiro. Ao mesmo tempo, está na América Latina, que agora já não é o pátio dos fundos, mas, sim, o jardim da frente dos Estados Unidos, como diz o Biden”.
 
Nesse mundo rachado, em que meio o Brasil se encaixará? Ficará eternamente no meio ou escolherá o seu lado? Terá que olhar pra fora, já que está no olho do furacão.
 
Outro grande depoimento é de José Sócrates, ex-Primeiro Ministro de Portugal. Ele considera que “vai haver uma luta geoestratégica”. Será o “fim da globalização, como conhecemos, serão dois mundos paralelos, um liderado pela China e o outro pelos EUA”.
 
Os BRICS são países que estarão do outro lado do sistema financeiro. Isso significa um forte enfrentamento, já que Biden considera a América Latina o 'jardim da frente' dos Estados Unidos. Naturalmente haverá “luta geo estratégica”.
 
Diz ele que "Lula está conduzindo a política com uma sensibilidade que faz falta ao resto do mundo". Refere-se a "um novo acordo social, atraindo o Centro político". E José Socrates entende que a "política sem violência de Lula é sua principal prioridade".
 
Faz com que a Esquerda construa um novo acordo social . "Estender a mão é magnanimidade política de um político".
 
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