25/03/2022 às 11h18min - Atualizada em 25/03/2022 às 11h18min

O MAIOR IPCA-15 DE MARÇO, DESDE 2015

PROEZA DE GUEDES-BOLSONARO



O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15) ficou em 0,95% em março, após alta de 0,99% em fevereiro, segundo o próprio IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em março de 2021, o IPCA-15 teve variação de 0,93%. A alta é a maior para um mês de março desde 2015 (1,24%). O preço da gasolina subiu 0,83% e teve impacto de 0,05 ponto no índice geral.
Atenção: o resultado ficou acima da mediana das 38 projeções dos analistas de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que estimavam elevação de 0,85% em março. O intervalo das estimativas era de 0,73% a 1,07%.
 
O período de coleta dos preços do IPCA-15 foi entre os dias 12 de fevereiro e 16 de março. Isso significa que o resultado já capta o reajuste anunciado este mês pela Petrobras dos preços dos combustíveis nas refinarias (18,7% na gasolina e 24,9% no diesel), válido a partir de 11 de março.
No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 10,79% em março, ante 10,76% até fevereiro. É o maior resultado acumulado em 12 meses desde fevereiro de 2016 (10,84%). O resultado ficou acima da mediana das estimativas do Valor Data, que era de 10,67%, com intervalo entre 10,54% e 10,85%.
A meta de inflação tentada pelo BC (Banco Central) para 2022 é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
 
O IPCA-15 é considerado uma prévia do IPCA do mês fechado, calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. A diferença em relação ao IPCA “cheio” está no período de coleta e na abrangência geográfica.
 
UMA INFLAÇÃO QUE SE ESPALHA
A inflação se espalhou mais pelos produtos e serviços que compõem o IPCA-15 em março. O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de itens que tiveram aumento de preços no período, subiu para 75,5% neste mês, vindo de 69,5% no mês anterior, segundo cálculos do Valor Data, considerando todos os itens da cesta. Com isso, o percentual da cesta com inflação positiva é o maior desde fevereiro de 2016 (77,5%).
 
Sem alimentos, um dos grupos considerados mais voláteis, o indicador também mostrou maior abrangência da alta de preços, de 72,7% para 74,6%, maior percentual desde janeiro (75,1%). Guedes e Bolsonaro bem que poderiam pegar carona nessa alta e desaparecer do país...
 

Leia também no Valor e no Brasil247.

 
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