28/02/2022 às 18h23min - Atualizada em 28/02/2022 às 18h23min

A CHINA LEVANTA A VOZ

DEFENDER A UCRÂNIA E TAMBÉM A RÚSSIA



O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, declarou: "A China sustenta que a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas e protegidas e os propósitos e princípios da Carta da ONU devem ser observados com seriedade. Esta posição da China é consistente e clara, e se aplica igualmente para a questão da Ucrânia."
 
Mas ele também disse: "As preocupações legítimas de segurança de todos os países devem ser respeitadas. Dadas as cinco rodadas consecutivas de expansão da OTAN para o leste, as demandas de segurança legítimas da Rússia devem ser levadas a sério e tratadas adequadamente".
 
Em outras palavras, já teria dito tudo. Mas o texto no Global Times ainda acrescenta: "Não se deve permitir que as vozes ocidentais dominem a voz da comunidade internacional sobre a situação da Ucrânia, pois as potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos e a OTAN, têm sido as forças-chave na instigação da crise e da oposição entre a Rússia e a Ucrânia".
 
Ficou claro? A China apontou diretamente os Estados Unidos (e sua OTAN) para acusar: vocês estão instigando, alimentando essa crise. Isso tudo poderia ter sido evitado, se não houvesse óbvio interesse em enfraquecer o eixo China-Rússia (digamos assim). Como Putin naturalmente farejou, os ventos vindos do Oeste (quase faroeste...) vieram com pretensão devastadora. Conseguiram montar um verdadeiro arrasa-quarteirão, usando Putin como isca. Ele virou o bad-guy, ‘irresponsável’, ‘desesperado’, que tratou de se proteger junto à China. Putin falhou. Felizmente a China tem condição (e muita) de ajudar a recuperar o fôlego para a Rússia.
 
E o resto do mundo sonha ardentemente com paz global.
 
Leia também no Brasil247.

 
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