Quadro otimista para o campo de centro-esquerda na América Latina. Primeiro, foi o golpe do Poder Legislativo de Honduras que destituiu o presidente Zelaya em 2009. Depois, foi o impeachment do presidente Lugo, do Paraguai, em 2012. Finalmente, em 2016, chegou a vez do golpe do impeachment no Brasil, que destituiu a presidenta Dilma. Todas essas destituições, aparentemente legais, representaram a nova forma de golpe criado pelo governo norte-americano para recuperar o controle na região que ele considera o seu “quintal”. Mas essa ofensiva golpista começou a ser revertida nas eleições da Argentina e Peru, na derrota do golpe boliviano, e tudo indica, na vitória de Xiomara Castro, esposa do ex-presidente Zelaya, para presidenta de Honduras.
Antes de tudo isso tivemos a eleição de Obrador no México, em 2018, e reforçando a base da soberania latino-americana, podemos citar a recente reeleição de Ortega, na Nicarágua e a grande vitória do partido bolivariano nas eleições regionais da Venezuela, agora em novembro. Reforçando esse processo de recuperação da soberania na América Latina, temos a reeleição de Ortega, na Nicarágua e as eleições regionais e locais da Venezuela, vencidas largamente pelo partido bolivariano. Nossas expectativas se concentram agora no segundo turno das eleições do Chile, cujo resultado exercerá enorme influência na polarização entre a extrema-direita e o centro-esquerda do continente.
Todo esse processo de renovação da soberania nacional terá o seu ponto culminante nas eleições brasileiras de 2022, nas quais o favorito atual é o grande líder popular internacional, Lula.