22/12/2020 às 22h49min - Atualizada em 22/12/2020 às 22h49min

ALGO NO AR, ALÉM DOS AVIÕES DE CARREIRA

JAPÃO E COREIA DO SUL X RÚSSIA E CHINA

 
Japão e Coreia do Sul uniram seus jatos para rastrear a patrulha conjunta de bombardeiros russa e chinesa no Pacífico ocidental. Na verdade, trata-se de um indício de laços militares mais fortes entre Moscou e Pequim.
 
Os militares russos disseram que dois de seus bombardeiros estratégicos Tu-95 e quatro bombardeiros chineses H-6K sobrevoaram o Mar do Japão e o Mar da China Oriental nesta terça-feira, 22.
As forças de autodefesa aérea do Japão lançaram os seus caças para rastrear os bombardeiros, que sobrevoaram as disputadas ilhas Takeshima / Dokdo no Mar do Japão, segundo a agência de notícias Kyodo, citando o Ministério da Defesa.
 
As ilhas são controladas pela Coreia do Sul, mas também reivindicadas pelo Japão. Os aviões russos e chineses também sobrevoaram o estreito de Tsushima, que separa o Japão e o ponto mais ao sul da península coreana, bem como uma área próxima à ilha de Okinawa, no sul, onde vivem dezenas de milhares de soldados americanos.
 
A Coreia do Sul também lançou os jatos atrás dos aviões russos e chineses "em preparação para situações acidentais", depois que eles entraram na "zona de identificação de defesa aérea" do país, de acordo com a agência de notícias Yonhap.
O Exército sul-coreano e o Ministério das Relações Exteriores entraram em contato com seus colegas russos e chineses para expressar suas preocupações com o incidente.
O ministério da defesa da Rússia disse que a missão conjunta tinha como objetivo “desenvolver e aprofundar a parceria abrangente Rússia-China, aumentar ainda mais o nível de cooperação entre as duas forças armadas, expandir sua capacidade de ação conjunta e fortalecer a estabilidade estratégica”.
O ministério acrescentou que o voo de patrulha “não foi dirigido contra terceiros países”.
A missão de terça-feira foi o segundo voo desse tipo desde uma patrulha de julho de 2019 na mesma área.
 
Vale lembrar a declaração do presidente russo Vladimir Putin em outubro de que a ideia de uma futura aliança militar Rússia-China não poderia ser descartada - um sinal de aprofundamento da cooperação militar entre Moscou e Pequim em meio a tensões crescentes em suas relações com os Estados Unidos.
 
Agora que Putin é "o melhor amigo" de Xi, onde fica o ocidente?
Até agora, Rússia e China saudavam a sua “parceria estratégica”, mas rejeitavam qualquer conversa sobre a possibilidade de formar uma aliança militar.
Putin também observou em outubro que a Rússia vinha compartilhando tecnologias militares altamente sensíveis com a China, o que ajudou a aumentar significativamente sua capacidade de defesa.
A Rússia tem procurado desenvolver laços mais fortes com a China à medida que suas relações com o Ocidente se deterioram para níveis pós-guerra fria devido a questões como a anexação da Crimeia da Ucrânia por Moscou e acusações de intromissão da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA.
 
Quem sobreviver... verá!
 
Leia também no The Guardian.

 
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