A derrota eleitoral eliminou qualquer indício de bom senso no Trump trapalhão. Desesperado diante da derrota para Biden, resolveu experimentar algo realmente explosivo para demonstrar que estava no poder. Chegou a considerar atacar as instalações nucleares do Irã! Trump perguntou aos assessores sobre um ataque de mísseis, mas foi informado que isso representaria um conflito mais amplo.
Durante uma reunião no Salão Oval, na quinta-feira, 12, o “presidente de saída” perguntou a vários assessores importantes, incluindo o vice-presidente, Mike Pence, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o presidente dos chefes conjuntos das forças armadas, Gen Mark Milley, “se ele tinha opções para agir contra a principal instalação nuclear do Irã nas próximas semanas ”, diz o jornal The New York Times. Os altos funcionários “dissuadiram o presidente de prosseguir com um ataque militar”, alertando-o de que um ataque poderia se transformar em um conflito mais amplo nas últimas semanas de sua presidência. Trump teria feito a pergunta depois que um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que o Irã continuava armazenando urânio.
De acordo com o Times, o alvo mais provável de tal ataque teria sido Natanz, onde a AIEA relatou que “o estoque de urânio de Teerã era agora 12 vezes maior do que o permitido pelo acordo nuclear que Trump abandonou em 2018”, três anos depois que foi assinado, em uma tentativa de limitar as capacidades nucleares do Irã (conseguiu o oposto...).
O Irã há muito tempo é a “bête noire” de Trump, a personalização do Mal, e ele reintroduziu as sanções e as endureceu ainda mais após o fim do acordo nuclear. Os parceiros europeus no acordo, que têm lutado para manter o acordo à tona, apesar dos esforços de Trump para torpedear, esperam uma abordagem diplomática renovada após a vitória de Joe Biden nas eleições em 3 de novembro, embora Trump se recuse a admitir a derrota. O governo Trump prometeu aumentar as medidas punitivas, que alguns críticos veem como uma tentativa de construir um “muro de sanções” que Biden teria dificuldade de desmontar quando assumir o cargo no ano que vem.
