O comércio do Brasil com os Estados Unidos de Trump desabou 25%, na comparação dos nove primeiros meses deste ano com os nove primeiros meses de 2019. Na verdade, o acumulado de U$ 33,4 bilhões nesse período é o menor no comércio bilateral para o período dos últimos 11 anos.
Já na relação com a “terra do equilíbrio”, a China, a relação “desequilibrou” para cima! A China ocupa o primeiro lugar nas relações comerciais com o Brasil, com 34,1% das exportações e 28,8% da corrente de comércio. Já está em primeiro lugar como destino das exportações brasileiras e também o primeiro lugar entre os países que mais vendem para o mercado brasileiro. O Brasil tem saldo comercial com a China que, em 2019, foi de quase U$ 20 bilhões, segundo a Agência Brasil.
Segundo o Boletim de Comércio Exterior (Icomex) do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a participação da China nas exportações e nas importações brasileiras superou a dos principais parceiros no acumulado do ano até julho. Nas exportações, a participação da China alcançou 34,1%. A União Europeia, que ficou em segundo lugar, atingiu 13,4%. De acordo com o Icomex, na análise da participação do comércio por grandes regiões, a Ásia responde por quase 50% das exportações brasileiras, a Europa por 18,7%, a América do Norte, 12,6%, e América Latina, 11,2%. Diz o Boletim que “esse resultado para a Ásia e a China não é uma questão conjuntural. A ascensão da participação da China iniciada em meados da primeira década dos anos 2000 tem sido contínua e acompanhada de um aumento das commodities na pauta exportadora”. A China figura entre as principais fontes de investimento estrangeiro direto no Brasil, com destaque para o setor de infraestrutura (sobretudo na geração e transmissão de energia e nas áreas portuária e ferroviária) e para o setor de óleo e gás, com participação importante nos setores financeiro, de serviços e de inovação.
Diversos bancos chineses atuam no Brasil, e o Banco do Brasil conta com agência em Xangai, desde maio de 2014 (governo Dilma). Trata-se da primeira agência de um banco latino-americano na China. Em junho de 2015, os países decidiram criar o Fundo de Cooperação Brasil-China para Expansão da Capacidade Produtiva, no valor de US$ 20 bilhões, com vistas a fomentar investimentos em infraestrutura e logística, energia, mineração, manufaturas e agricultura.
Se os Estados Unidos de Trump não abrirem o olho, vão perder ainda mais o equilíbrio...