11/09/2020 às 08h46min - Atualizada em 11/09/2020 às 08h46min

​AUXÍLIO EMERGENCIAL:

AUMENTOU O CONSUMO... E OS PREÇOS

 
A regra é clara. Entrou dinheiro? Então, aumentou o consumo. Aumentou o consumo? Então, falta produto. Falta produto? Então, aumenta o preço... É um círculo vicioso, viciado, viciante.
Mas aparentemente o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, não pensa exatamente assim. Ele acha que a alta de preços de alimentos, como o arroz, é "transitória e localizada" e não traz risco para o controle da inflação.
"A inflação é uma alta generalizada e recorrente. O aumento que estamos vendo agora não é generalizado, mas localizado em alguns produtos da cesta básica. Vai durar alguns meses e depois retorna à normalidade", disse ele, em entrevista ao Estadão. Adol Sachsi não deu detalh sobr o q é normalidade. Vai voltar a faltar arro?  Ou vai voltar a AUMENTAR o preço? Qual será a emergência auxiliar?
 
Nos Estados Unidos, a crise do coronavírus gerou uma demanda sem precedentes. A Feeding America, maior organização de caridade de combate à fome no país, há 5 meses já estimava que pelo menos 17,1 milhões de pessoas passariam a enfrentar insegurança alimentar nos meses seguintes, o que representaria um aumento de 46%. Somente nas últimas quatro semanas, 22 milhões de americanos entraram com pedido de seguro desemprego, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, um volume não visto desde a Grande Depressão dos anos 1930. Como disse Jeremy Arnold, Programs Specialist da Feeding America: “Depois de quase dez anos, os níveis de insegurança alimentar para a maioria das comunidades em todo o país atingiram os níveis mais baixos em 2018, de acordo com o Map the Meal Gap (algo como Mapa da Desigualdade Alimentar). A análise das projeções mostra que o progresso feito na questão da insegurança alimentar nos EUA provavelmente será eliminado e as taxas de insegurança alimentar podem subir mais do que o pico da Grande Recessão. A Feeding America projeta que até 54 milhões de pessoas (1 em 6) podem passar por insegurança alimentar em 2020, um aumento de 46%. Isso incluiria 18 milhões de crianças, ou 1 em cada 4 crianças (+ 6,8 milhões em comparação com 2018), que poderiam ter insegurança alimentar em 2020 como resultado desta crise.
 
O governo Bolsonaro, que se caracterizou por seguir os passos de Trump, poderia começar a se guiar melhor. O coronavírus, que foi tratado como uma gripezinha, vai continuar por muitos e muitos meses. Com quarentena ou sem quarentena, a pandemia continuará como ameaça assustadora. O desemprego é inevitável. A economia está fragilizada. O auxílio emergencial continua fundamental e não pode ser ameaçado por desabastecimento e alta do custo de vida. Se mexe, Bolsonaro! Você não tem o direito de fragilizar ainda mais o país.
 
Hunger+Health
 
UOL/BBC News
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