26/11/2017 às 15h10min - Atualizada em 26/11/2017 às 15h10min

ARTE EXPERIMENTAL NOS 40 ANOS DA OFICINA DE GRAVURA DO INGÁ

Hayle Gadelha
O Fluminense

Começa neste domingo, no Museu do Ingá, a exposição “Experimentação e Método”, que conta com mais de 100 obras de 50 artistas. Marca os 40 anos da Oficina de Gravura do Ingá e também faz homenagem a sua idealizadora, a artista Anna Letycia.

“Além da homenagem a ela, é, sobretudo, uma exposição sobre o caráter experimental que ela deu à oficina de gravura, desenvolvendo um trabalho que misturava a gravura com outras linguagens contemporâneas”, explica Viviane Matesco, curadora junto com Marcus Lontra.
A oficina já reuniu professores como Alair Gomes, Aluísio Carvão, Newton Cavalcanti, Rubem Grilo, Carlos Martins, Ronaldo do Rego Macedo, José Lima, entre outros, e se tornou um polo central para a cena artística do Estado do Rio.
“A Oficina do Ingá foi um local muito importante para o surgimento da geração de artistas da década de 1980. A Anna Letycia, já naquela época, era uma artista de sucesso. Ela foi muito sensível e inteligente ao tornar aquela oficina lugar de valorização da experimentação e da ousadia dos artistas”, conta Marcus.
Os curadores consideraram que o ideal seria reunir os artistas niteroienses para que revelassem seu vigor cultural.
“Vamos mostrar a nova geração de jovens artistas da cidade e os professores que deram aula na oficina do museu. Serão exibidos trabalhos de gravuras realizados na oficina e também a mistura dessas gravuras em um campo de linguagem mais ampliado. Usaremos também fotografia e vídeo”, adianta Viviane.

A exposição conta com obras da própria Anna Letycia, dos professores Oswaldo Goeldi, Iberê Camargo e Darel Valença Lins, além dos colaboradores e alguns dos ex-alunos da oficina que se destacam na arte contemporânea, como Analu Cunha, Marcus Andre, Felipe Barbosa, Rosana Ricalde, Ana Miguel, Fernando Lopes, Chang Chi Chai, Beatriz Pimenta, Armando Mattos, entre vários outros, além dos convidados especiais Luciano Vinhosa e Hugo Houayek, que produziram obras exclusivas para a exposição.
Vinhosa, por exemplo, está apresentando um trabalho que ele já tinha feito em seu doutorado, onde a base é a fotografia e o desenho digitalizado, uma espécie de gravura digital.
“Fotografo arranjos de objetos e de pessoas que não são identificadas”, explica Luciano.
 

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