18/12/2018 às 17h13min - Atualizada em 18/12/2018 às 17h13min

Voyage quadrado: relembre o clássico sedan e seu legado

noticiasautomotivas.com.br
O Voyage quadrado foi a primeira geração do sedã compacto da marca alemã e surgiu no começo da década de 80, tendo sido o segundo três volumes da montadora, já que o primeiro foi o 1600 L, que ficou conhecido como “Zé do Caixão”.

Ele também foi o primeiro derivado do Gol e modelo que colocou a filial brasileira no mais importante mercado da época, os EUA.

Neste artigo vamos falar do Voyage quadrado, o pequeno sedã que teve uma importância enorme para a Volkswagen, ampliando não só a família do Gol, mas oferecendo uma alternativa familiar com baixo custo de manutenção, robustez e preço competitivo. Em sua época, o mercado brasileiro vivia um período obscuro de fechamento às importações.

O termo “quadrado” se aplica ao apelido dado pelos consumidores ao se referir à primeira geração deste sedã, que tinha linhas mais retilíneas, típicas dos anos 80, assim como também para que o modelo fosse identificado ao lado do Gol de mesma geração (G2), cuja segunda ficou conhecida como “Bolinha” ou “Bola”.

Assim, os únicos concorrentes do Voyage quadrado eram os carros vendidos por Fiat, Ford e General Motors. Nesses casos, estamos falando de modelos como Oggi, Corcel II e Chevette, respectivamente. Ele também estreou o motor a água na linha Gol e também trouxe de volta as quatro portas em sedã da VW, pois TL e Passat eram fastbacks. Além disso, a Brasília era um hatchback.

O Voyage quadrado durou de 1981 até 1996, quando deixou de existir. A segunda geração de Gol, Parati e Saveiro (no caso as atualizações G2, G3 e G4) não contou com a presença do sedã compacto, que só retornou na chamada G5 de Gol e Saveiro, que em realidade é a terceira geração dos mesmos e segunda do Voyage.

O projeto do Voyage quadrado está intimamente ligado ao do Gol, que nasceu do programa interno da VW brasileira, conhecido como BX. Este previa uma família de carros compactos que serviriam na gama de entrada como substitutos futuros dos TL, Variant, Brasília e Fusca. A partir de esboços iniciais, o modelo e os demais seguiriam a arquitetura de motor e câmbio em longitudinal.

A ideia era aproveitar o máximo de componentes possíveis do Passat e assim reduzir os custos de produção. Com dimensões pequenas, o Voyage quadrado deveria se encaixar no perfil do consumidor brasileiro da época, mas buscou inspiração no VW Derby de 1977, que assim como o brasileiro, era a versão sedã do hatch compacto alemão, o Polo.

Apesar de não ter os charmosos faróis circulares simples do Volkswagen Derby, o Voyage quadrado era bem parecido com este e também explorava as duas portas, assim como colunas C mais destacadas. Também tinha um porta-malas pouco proeminente. Para se diferenciar no mercado, tinha um nome francês: Voyage, que significa viagem.

A frente do Voyage quadrado era diferente daquela apresentada pelo então recém-chegado Gol. Ao invés de faróis quadrados pequenos e repetidores de direção no para-choque metálico, o sedã tinha faróis retangulares maiores e piscas posicionados nas extremidades do conjunto, que tinha grade com frisos horizontais de tamanho menor.

O visual se harmonizava com o do Passat da época e tinha com para-choques metálicos, dotados de proteções laterais plásticas. O Voyage quadrado tinha ainda frisos laterais com dupla função: embelezar e proteger as portas de batidas leves. Uma antena simples, maçanetas pretas, cromados nos vidros traseiros e espelho retrovisor com ajuste manual externo dominavam o visual singelo.

O Voyage quadrado tinha ainda calhas no teto, frisos no para-brisa e vidro traseiro, além de elegantes lanternas com linhas horizontais e rebaixo na parte superior. A tampa do porta-malas era pequena, mas bem desenhada. As rodas de aço eram de aro 13 polegadas e tinha apenas uma cobertura plástica no cubo de roda, o famoso “copinho”, que também servia como um bom cinzeiro…
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