30/07/2019 às 08h17min - Atualizada em 30/07/2019 às 08h17min

​BOLSONARO: O DESESPERO DE UM POPULISTA

 
Bolsonaro chegou ao poder do Planalto com muita esperteza, com uma campanha eleitoral que pegou de calças curtas o mundo tradicional da política brasileira. Temos que reconhecer. Mas como presidente ele é um desastre. É uma aberração da política. Tem garganta e mais nada. Acreditava que continuaria ganhando de braçadas, mas rapidamente começou a afundar. Suas inserções nos campos de futebol, ideia bem bolada, está virando gol contra, tantas são as vaias. Essa jogada de gravar depoimento enquanto cortava o cabelo também acabou sendo uma grande barbeiragem. Tudo bem, a ideia é boa. Mas as besteiras vencem de goleada. A melhor prova foram exatamente suas lives desta segunda-feira, 29, em que resolveu atacar a OAB, particularmente o seu presidente, Felipe Santa Cruz. Ficou com raivinha porque a OAB não permitiu a ilegalidade de entregar os diálogos entre o Adélio (autor da “famosa facada” em Bolsonaro) e o seu advogado. É exatamente isso, raivinha, que define Bolsonaro. Não apenas acredita que esse é o modo certo de conduzir o país – é a única coisa que sabe fazer. A raivinha foi tanta que fez a idiotice de insinuar que sabia “a verdade” sobre a morte de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe, que, segundo sua insinuação, não teria sido morto pela repressão e sim pelos próprios companheiros. Uma crueldade. Quis apenas ofender a memória do pai do presidente  da OAB. Errou muito. Tem errado sempre. E vai errar ainda muito mais. Talvez nem chegue ao fim do mandato, por causa de tanta estupidez: para felicidade geral da nação, esse populista não está dando certo.
 
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