Depois da atuação suspeita do Exército em relação ao terrorismo bolsonarista que assolou Brasília, Lula vem demonstrando desconfiança com militares que atuam no governo. Já dispensou 40 militares da Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (17), como informou a Folha de S. Paulo.
O Palácio está em meio de um processo de adaptação para receber Lula e sua família. No início do mês, a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, denunciou as condições lamentáveis do local, com tapetes, móveis e janelas danificados, entre outros pontos.
Além de ter encontrado o imóvel em condições ruins, Lula também vem demonstrando desconfiança com militares que atuam no governo. Em café da manhã com jornalistas na semana passada, disse estar convencido de que houve conivência e colaboração de soldados das Forças Armadas para que bolsonaristas golpistas cometessem o atentado terrorista em Brasília no dia 8.
Além disso, Lula afirmou que os militares devem se ligar no rol constitucional de defesa da soberania em vez de reivindicar um papel de "poder moderador". Em meio a esse clima de desconfiança, Lula também decidiu fazer uma reformulação drástica nos quadros do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Não há nenhuma dúvida sobre a necessidade da mudança entre os militares que devem garantir a segurança presidencial. Se o presidente não está protegido, o país inteiro também não está.