16/07/2022 às 08h33min - Atualizada em 16/07/2022 às 08h33min

TOTAL DE ELEITORES CRESCE 6,2%.

JOVENS AUMENTAM MAIS DE 50%.


 
É fantástico! O número de eleitores no Brasil cresceu 6,2% em relação a 2018, e o país chega neste ano a 156,4 milhões de pessoas aptas a votar, segundo dados apresentados nessa sexta-feira, 15, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
É o maior eleitorado da história brasileira. Em 2018 havia 147,3 milhões de eleitores e, quatro anos antes, 142,8 milhões.

Um dos dados que se sobressaem nas estatísticas liberadas pelo TSE é o avanço na quantidade de eleitores jovens, que têm 16 ou 17 anos e o voto facultativo.
O eleitorado dessa faixa cresceu mais de 50% em relação a 2018. Em relação a 2020, o número de adolescentes registrados no TSE cresceu 46%. Atenção: em apenas 2 anos, o eleitorado jovem cresceu 46%!!!
 
Segundo o tribunal, há atualmente 2,1 milhões adolescentes cadastrados, contra 1,4 milhão contabilizados em junho de 2020.
De março a maio de 2022, quando teve fim o prazo para o cadastramento, cerca de 1 milhão de jovens procuraram a Justiça Eleitoral para tirar o título. Atenção: 1 milhão de novos eleitores jovens em 3 meses!!!
 
Os adolescentes são 2,9% da população e 1,4% do eleitorado. Os jovens de 16 e 17 anos que tiraram o título correspondem a 34,5% do total de brasileiros dessa faixa etária — maior proporção desde 2016, quando 40,3% dos adolescentes tinham título de eleitor.
 
O TSE atribuiu esse aumento às ações promovidas pela Justiça Eleitoral para que houvesse aumento do jovem eleitor.
Entidades que participaram dessas mobilizações comemoraram os dados do TSE.
"Este resultado expressivo demonstra a potência das juventudes brasileiras e seu poder de mobilização para transformar os desafios que enfrentamos em nosso país", diz Mariana Resegue, coordenadora do Atlas das Juventudes, uma plataforma de dados sobre os jovens brasileiros.
Os jovens, afirma Resegue, "são sujeitos de direitos e vivenciam constantemente os principais problemas sociais de nosso país".
 
Mas ninguém citou o “fator” Bolsonaro.
 
Do total de eleitores que podem votar neste ano, 52,6% são mulheres, que são mais de 82 milhões de eleitoras.
E esses dados não são nada positivos para Bolsonaro, que tem a pretensão de ser reeleito. Afinal, os jovens e as mulheres são duas parcelas do eleitorado em que Bolsonaro tem desempenho pífio.
Desde o começo do ano, o seu pessoal tem procurado soluções para resolver esse problema, como a maior participação de Michelle Bolsonaro em sua campanha (doce ilusão...). Avaliavam que Michelle é carismática e poderia ajudar a humanizar a imagem do chefe do Executivo – como se fosse possível!!! Vale lembrar a peça partidária do PL com Bolsonaro neste ano, exibida na televisão, onde tanto os jovens como as mulheres tiveram destaque.
 
Segundo o TSE, outra mudança importante são os dados das pessoas que declararam ter ensino médio completo.
Atualmente, são 26,31% do total e representam a maior parcela do eleitorado, enquanto nas eleições de 2018 e de 2014, a maior faixa de eleitores era de pessoas com o ensino fundamental incompleto. Escreve isso, Bolsonaro...
 
O maior colégio eleitoral brasileiro continua sendo o do estado de São Paulo, com 22,16% de todos os eleitores, mais de um quinto do total. Em seguida, vêm Minas Gerais (10,4%) e Rio de Janeiro (8,2%).
Os três estados com menor eleitorado estão na região Norte, que corresponde a aproximadamente 8% dos eleitores: são Roraima (0,23%), Amapá (0,35%) e Acre (0,38%).
 
"Ao divulgar os dados e o perfil que compõe o eleitorado, o TSE cumpre uma de suas missões fundamentais que é organizar, preparar e realizar as eleições fundamentais para o Estado democrático de Direito e para a própria democracia", disse o ministro Edson Fachin, presidente do TSE, em vídeo em que comentava a divulgação dos dados pelo órgão.
 
Desculpe, Ministro, mais fundamental é saber que os jovens e as mulheres afundam ainda mais a candidatura de Bolsonaro...
 
Leia também na Folha e ORI.
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