Como todos sabem, o conflito Ucrânia-Rússia continua, apesar de experimentar um ‘banho-maria’. Mas agora a Comissão Europeia está em negociações com alguns Estados-membros, que revelam grande dependência energética dos fornecimentos russos. A sexta rodada de sanções anti-Rússia em preparação pela UE (União Europeia) foi reescrita para acomodar as necessidades temporárias de alguns de seus Estados-membros, informou na sexta-feira, 6, o jornal Politico.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, teria qualificado o impacto do embargo do petróleo russo "como uma bomba atômica na economia húngara". Com isso, a Comissão Europeia planeja dar a Budapeste uma permissão especial para prorrogar a imposição das novas sanções até o final de 2024, o mesmo prazo dado para a Eslováquia, que também tem forte dependência energética da Rússia. O que parece piada, se não fosse trágico.
"Consideramos este problema apenas do ponto de vista do interesse nacional húngaro. Não nos importa o que pensem sobre isso, bem ou mal, no Oriente ou no Ocidente", disse na terça-feira, 3, Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria. Em outras palavras, ‘não aguentamos mais!’
Praga também tem resistido aos esforços da UE de banir imediatamente o petróleo russo, citando não poder apoiar a economia ucraniana em queda ao mesmo tempo que há uma "crise da economia" na República Tcheca, e obteve um prazo de até meados de 2024 para embargar o hidrocarboneto vindo da Rússia. (O que, aqui entre nós, parece piada...)
A Bulgária, forçada a usar o que sobra de vizinhos, pediu também isenção para o embargo, caso os outros países o conseguissem, mas a agência britânica Reuters escreveu na sexta-feira, 6, que o pedido foi rejeitado, com um funcionário da UE comentando que os búlgaros "não têm um argumento real". (Como assim?!?!???)
No final de abril a Rússia parou o fornecimento de gás à Bulgária e à Polônia, depois que ambas recusaram pagar por ele em rublos. Na quarta-feira, 4, o jornal The Guardian descreveu uma "tensa e difícil" primeira reunião de embaixadores da UE em negociações sobre como punir Moscou pela operação militar especial na Ucrânia.
Traduzindo: o que fazer para ter o precioso petróleo russo, sem ter que ‘fazer as pazes’?
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