04/05/2022 às 06h58min - Atualizada em 04/05/2022 às 06h58min

​“OTAN PODE TER PROVOCADO A RÚSSIA”, DISSE O PAPA.

“EUA ENFRENTAM DUAS POTÊNCIAS GLOBAIS”, DISSE O GENERAL MARK MILLEY.

 
O papa Francisco disse que a expansão da OTAN para o leste pode ter provocado o presidente russo, Vladimir Putin, a lançar um ataque contra a Ucrânia.
Em entrevista publicada na terça-feira pelo jornal italiano Corriere Della Sera, Francisco especulou que “os latidos da OTAN na porta da Rússia” poderiam ter levado o Kremlin a lançar a campanha militar em 24 de fevereiro.
“Não posso dizer se foi provocado, mas talvez sim”, disse ele.

Francisco também disse que solicitou uma reunião com Putin durante as primeiras semanas do conflito, mas ainda não recebeu uma resposta. Ele disse que pediu ao principal diplomata do Vaticano para entrar em contato com o presidente russo para marcar uma reunião cerca de três semanas após o início das hostilidades.
"Ainda não recebemos uma resposta e ainda estamos insistindo", disse ele ao jornal. "Temo que Putin não possa, e não queira, ter esta reunião neste momento. Mas como você pode não parar com tanta brutalidade?" ele adicionou.
 
Francisco disse que havia falado anteriormente com o chefe da Igreja Ortodoxa Russa, Patriarca Kirill de Moscou, por 40 minutos via Zoom. O Patriarca, que fez comentários justificando a ofensiva da Rússia na Ucrânia, "não pode se tornar o coroinha de Putin", insistiu.
Francisco também disse ao jornal que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, lhe garantiu que Putin tinha um plano para acabar com a guerra em 9 de maio, dia em que a Rússia comemora a vitória de 1945 sobre a Alemanha nazista. Ou seja, daqui a 5 dias...
 
O papa já havia sido criticado por não ter censurado diretamente a Rússia nos primeiros dias do ataque. Em março, ele pediu uma “forma diferente de governar o mundo” e insistiu que a civilização deve superar a necessidade de “mais armas, mais sanções, mais alianças político-militares”.
 
A Rússia atacou a vizinha Ucrânia no final de fevereiro, após o fracasso de Kiev em implementar os termos dos acordos de Minsk, assinados pela primeira vez em 2014, e o eventual reconhecimento de Moscou das repúblicas de Donbass de Donetsk e Lugansk.
O Kremlin passou então a exigir que a Ucrânia se declarasse oficialmente um país neutro que nunca se juntará ao bloco militar da OTAN liderado pelos EUA. Kiev insiste que a ofensiva russa foi completamente espontânea e negou as alegações de que planejava retomar as duas repúblicas pela força.
 
Talvez seja o caso do Papa arranjar uma “reza” mais forte...
 
Leia também em RT News e Brasil247.
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