Uma sexta-feira de afundamento, foi o dia 26 de novembro de 2021 para a Bolsa de Valores. Até 14:30h, foi uma queda profunda, um clima de aversão global, após a descoberta da nova variante anunciada como resistente a vacinas, e em meio ao recrudescimento da pandemia, especialmente na Europa.
Às 14h, o Ibovespa caía 3,91%, a 101.663 pontos. O volume financeiro era de 3,6 bilhões de reais. Praticamente todas as ações do índice operavam em baixa. Os principais índices na Europa já vinham sendo impactados pelas preocupações com o aumento de casos em todo o continente nas últimas semanas, inclusive com a possiblidade de novos lockdowns em alguns países. Veja como fecharam os mercados: * Euro Stoxx 50: -4,74% * DAX (Frankfurt): -4,22% * FTSE 100 (Londres): -3,68% * CAC 40 (Paris): -4,75% * IBEX 35 (Madri): -5,03% * FTSE MIB (Milão): -4,59% Na Bolsa de São Paulo, as empresas ligadas a turismo e viagens Gol, CVC e Azul eram as maiores quedas em percentual do índice, enquanto em pontos, a Vale dava a maior contribuição negativa.
Pouco se sabe sobre a variante, mas a Bolsa atira primeiro e pergunta depois. O vírus foi detectado na África do Sul e depois em Botswana e Hong Kong, mas cientistas dizem que essa variante tem uma combinação atípica de mutações, e pode ser capaz de evitar respostas imunológicas e ser mais transmissível. É um Deus nos acuda...
O enviado especial da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o combate à Covid-19, David Nabarro, disse que é bom se preocupar com a disseminação da nova variante do coronavírus identificada na África do Sul. Os futuros de ações norte-americanos cediam antes da abertura, enquanto o mercado acionário europeu caminhava para a pior sessão em mais de um ano. Há pouco, a ANVISA recomendou restrição para voos e viajantes de África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. No cenário aqui do Brasil, fora o noticiário da Covid-19, os investidores seguem atentos a qualquer novidade sobre a PEC dos Precatórios, que deve ser votada em comissão no Senado na semana que vem.
É bom lembrar que o ‘mercado’ é mais poderoso do que o Corona...