17/11/2021 às 12h20min - Atualizada em 17/11/2021 às 12h20min

TEMER DEFENDE O SEMIPRESIDENCIALISMO.

QUER SER UM SEMI TAMBÉM...


"Você tem partidos que apoiam o seu governo. Mas, na hora da votação, metade vota a favor e metade vota contra", disse Michel Temer (MDB), com uma visão absolutamente oportunista. Já sabe que Lula vencerá a próxima eleição contra o já derrotado Bolsonaro e quer ver se arranja uma boquinha pra ele no próximo governo. Lembra inclusive que há tempo hábil para o Congresso aprovar o seu projeto até março do ano que vem.
 
Temer é esperto. Já deu um golpe em Dilma e agora trata de tentar dar um golpe antecipado em Lula, o líder em todas as pesquisas para a próxima eleição presidencial.
Temer defendeu que o Brasil adote o semipresidencialismo, regime em que o presidente compartilha o poder com um primeiro-ministro, eleito pelo Congresso Nacional. O emedebista afirmou que parlamentares têm tempo hábil para aprovar o projeto até março do ano que vem.
De acordo com Temer, "a maioria parlamentar é sempre instável no presidencialismo". "Você tem partidos que apoiam o seu governo. Mas, na hora da votação, metade vota a favor e metade vota contra", disse, que participou do painel "Presidencialismo de Coalizão e Semipresidencialismo" no 9º Fórum Jurídico de Lisboa.
"Eu trouxe o Congresso para governar comigo não apenas porque era da nossa formação democrática […], mas o fato é que no presidencialismo você também não pode governar sem o Congresso Nacional", complementou.
 
Ele sugeriu que a aprovação do primeiro-ministro seja feita através de uma "câmara unitária", que una a Câmara dos Deputados ao Senado. "Senado e Câmara formam um corpo único para votar pela aprovação do primeiro-ministro", afirmou.
Temer é um perigo. Era vice de Dilma, em 2016, e aproveitou para comandar o golpe nela.
Naquele ano, Dilma foi inocentada tanto pelo Ministério Público como por uma perícia do Senado.
Na manifestação do MP na época, o procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as chamadas "pedaladas fiscais".
No caso do Senado, o laudo técnico disse que, "pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos".
Logo ficou tudo esclarecido. Depois de assumir o governo, Temer adotou uma agenda econômica entreguista, que abriu a exploração do pré-sal para estrangeiros, implementou reformas que cortaram direitos trabalhistas e congelou os investimentos públicos por meio da PEC do Teto dos Gastos.
 
Quando você vê um sorriso de Temer, tem tudo a temer...
 
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