28/08/2021 às 10h48min - Atualizada em 28/08/2021 às 10h48min

FREIXO PREPARA-SE PARA DISPUTAR O RIO DE JANEIRO.

O BOLSONARISMO É O ALVO.


Marcelo Freixo, deputado federal pelo PSB-RJ, prepara-se para disputar o governo do Estado do Rio de Janeiro. Mas quer fazer isso dando um caráter nacional à sua campanha – e, portanto, aponta as suas principais armas na direção de Bolsonaro.

Em entrevista a Juca Kfouri, no Entre Vistas, da TVT, Freixo afirma que Jair Bolsonaro tem como objetivo destruir aquilo que representa a materialização da vitória contra um período sombrio da história brasileira: a criação da Constituição Federal de 1988. “É exatamente ela que está ameaçada pelo governo Bolsonaro”, aponta ele.
“A gente vê claramente a tentativa de anular a Constituição de 1988. Bolsonaro é um projeto de extrema-direita que tenta anular a resposta principal ao golpe de 1964. O governo Bolsonaro é em si um golpe. Isso não significa que ele consiga repetir a ditadura, porque não tem força política. Como está cada vez mais enfraquecido, ele tenta adensar mais o fanatismo e a radicalização política”, explicou Marcelo Freixo.

Disputa pelo 7 de setembro
Bolsonaro e seus apoiadores marcaram manifestações em todo o Brasil para o próximo dia 7, com o objetivo de intimidar instituições como o STF (Supremo Tribunal Federal). Por outro lado, movimentos sociais articulam, no mesmo dia, novos atos da Campanha Nacional Fora Bolsonaro.
Freixo não acredita que ocupar as ruas contra Bolsonaro, num dia de extrema tensão, seja positivo. Na sua avaliação, o presidente mira uma “democracia fragilizada” e as articulações progressistas e de esquerda precisam estar ao lado das instituições, sem entrar em qualquer tipo de enfrentamento físico, o que faria parte do “jogo da extrema-direita”, como ele define.
“Não podemos disputar a defesa da democracia no campo do Bolsonaro. O 7 de Setembro vai marcar mais uma ruptura democrática e outro enfraquecimento de Bolsonaro, então não é um momento de fazer outro ato contra ele. Há vídeos falando sobre invasão ao Congresso e ao Supremo, e não podemos estar nesse cenário. Nosso lugar é na democracia e ao lado das instituições, ou seja, não se pode dar palanque a uma falsa simetria. Nós não podemos cair numa isca tão previsível como essa”, apontou o parlamentar.

A milícia e o bolsonarismo
Freixo também falou sobre suas perspectivas a longo prazo e a necessidade de derrubar o fascismo nas eleições de 2022. Ele acredita que desidratar o movimento bolsonarista será um trabalho mais demorado, após dar o primeiro passo – que é vencer Bolsonaro nas urnas.
“Foi a primeira vez que a extrema-direita venceu uma eleição. Ela já existiu, desde o integralismo, mas nunca teve mais de 10%. Agora, ela venceu e pode disputar de novo em 2022. Por isso, precisamos ter responsabilidade e um projeto de país. Derrotar o bolsonarismo não é possível agora, mas precisamos reduzir o efeito dele para voltar aos seus 10% anteriores. Derrubar o voto impresso foi um passo, as eleições de 2022 serão mais um e, depois, será preciso criar uma comunicação capaz de reduzir o bolsonarismo”, finalizou.


Leia no Brasil247.


Entrevista pela CNM/CUT Confederação Nacional dos Metalúgicos. Veja aqui.


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