23/08/2021 às 08h41min - Atualizada em 23/08/2021 às 08h41min

ALÔ, CHINA, O BRASIL TE AMA!

MENOS OS BOLSONAROS, CLARO...


Parlamentares estão destacando que não está fácil manter os 216 postos diplomáticos do Brasil no exterior. Isso consome cerca de 80% do orçamento anual do Ministério das Relações Exteriores brasileiro. Os parlamentares pedem para focar bastante nos países asiáticos.
Para sustentar o argumento, os senadores citam dados que mostram uma grande diferença nas exportações no primeiro semestre deste ano. Por exemplo, o Brasil exportou mais para a Índia do que para o Reino Unido, mais para Cingapura do que para a Alemanha, mais para a Coreia do Sul do que para a Espanha.

A presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Kátia Abreu (Progressistas-TO), disse que as exportações brasileiras para a Ásia, excluindo a China, são maiores do que tudo que o Brasil vende para União Europeia.
Ela complementa que "o comércio Brasil-China é de aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) a cada 60 horas".
Diante desses dados, os parlamentares teriam solicitado que o chanceler Carlos Alberto Franco França explicasse a produtividade e as vantagens comerciais da permanência de embaixadas em países com baixo fluxo de negócios com o país.

Mas é importante destacar que, em 2019 e 2020, o Itamaraty já fez um corte de 140 postos visando reduzir custos, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda mantém, no total, 61 representações na Europa, 42 na América do Sul, 37 na África, 29 na Ásia e Oceania, 20 na América do Norte, 15 na América Central e Caribe e 12 no Oriente Médio e Ásia Central.
A manutenção dos 216 postos diplomáticos do Brasil no exterior consumiria cerca de 80% do orçamento anual do Ministério de Relações Exteriores, de acordo com o que diz a mídia.
"A manutenção de ampla rede de postos no exterior representa desafio orçamentário ao ltamaraty, uma vez que seu custeio se dá em moeda estrangeira, e, ao longo da última década, o real desvalorizou-se fortemente em relação ao dólar norte-americano. […] O orçamento do Ministério em 2021 é o segundo menor dos últimos cinco anos", disse França em um ofício enviado ao Senado.
Este ano, o Brasil desativou seus postos em sete países visando a diminuição orçamentária, foram eles: Serra Leoa, Libéria, Antigua e Barbuda, Granada, São Cristóvão e Névis e São Vicente e Granadinas. O consulado na Cidade do México, no México, também foi cancelado.

É verdade que é preciso cortar possíveis gorduras, surgidas principalmente com as novas tecnologias de comunicação. Mas isso não pode significar prejuízo para as relações internacionais. O Brasil, por exemplo, é um país que precisa muito se dedicar a isso – principalmente diante das pontes que foram cortadas nos últimos anos.

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