22/08/2021 às 06h39min - Atualizada em 22/08/2021 às 06h39min

​BOLSONARO MANDOU QUEBRAR OS VIDROS DO STF!

O QUE ELE TEM NA CABEÇA?

 
O presidente do Brasil é um cabeça oca, só pode ser! Segundo Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa e Segurança Pública, os últimos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica deixaram seus cargos, em março, por respeito à Constituição Federal e por não se dobrarem às pressões políticas do presidente Jair Bolsonaro. "Os três foram demitidos porque se recusaram a envolver as Forças Armadas nas declarações e nos atos do presidente da República", disse o ex-ministro de Temer.

Jungmann revelou que a gota d'água foi quando Bolsonaro chamou um comandante militar e perguntou se os caças Gripen estavam operacionais. “Com a resposta positiva, determinou que sobrevoassem o STF acima da velocidade do som para estourar os vidros do prédio. Bolsonaro mandou fazer isso, tenho um depoimento em relação a isso. Ao confrontá-lo com o absurdo de ações desse tipo, eles foram demitidos."

Jungmann demonstrou preocupação com as "aventuras golpistas" de Bolsonaro e, principalmente, com as tentativas de colocar as Forças Armadas contra outras instituições democráticas, como o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. "Existe uma constante atuação de constrangimento por parte do presidente da República, para forçar as Forças Armadas a endossar os atos e as falas dele", destacou.

O ex-ministro afirmou que existe no alto oficialato uma visão bastante crítica a respeito do Supremo Tribunal Federal, que os militares acreditam que “o STF não está deixando Bolsonaro governar". Segundo ele, também imaginam que foi o STF que destruiu a Operação Lava Jato.

Em relação às eleições de 2022, Raul Jungmann acredita que ainda podem ocorrer problemas durante a disputa. "Existem riscos. A campanha de Bolsonaro para desmoralizar o voto eletrônico envolve, no fundo, retirar credibilidade do Tribunal Superior Eleitoral". Mas Jungmann acredita que as Forças Armadas não estão disponíveis para nenhuma aventura ou golpe. "Não tem nenhuma força política a favor disso, muito pelo contrário. Seria um raio em céu azul", disse.

Além disso, Bolsonaro perde apoio da cúpula militar ao insistir na demissão do comandante do Exército.

(a partir de reportagem de Íris Costa)
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