11/08/2021 às 18h12min - Atualizada em 11/08/2021 às 18h12min

​URNA ELETRÔNICA DERROTA BOLSONARO.

SÓ LHE RESTA O GOLPE...


Dessa vez foi no TCU (Tribunal de Contas da União).  Bolsonaro sofreu nova derrota, porque o TCU defendeu a urna eletrônica. Aliás, o ministro Bruno Dantas foi duro no seu voto. Rebateu os ataques à democracia feitos por Bolsonaro, descartou fraudes no sistema eletrônico de voto e garantiu que ele é “plenamente auditável”.

Os auditores da Corte fizeram um longo trabalho de análise do sistema de votação eletrônico, além da proposta de voto impresso. Em mais de 70 páginas, concluíram que a urna eletrônica é auditável, em diversas fases, e que, ao contrário das invencionices de Bolsonaro, é o voto impresso que traz risco de fraude.

Dantas reagiu aos ataques de Bolsonaro contra a democracia, mas sem citar a balbúrdia do desfile militar realizado nesta terça, 19, em Brasília, no dia em que os parlamentares votavam a PEC do voto impresso. Ele afirmou que esses ataques, embora possam “parecer vistosos, não passam de fumaça”.

Aliás, o ministro parecia até fazer poesia com o tema: “A democracia brasileira nos dias de hoje pode ser comparada metaforicamente a um fino corte, um tecido tramado por aqueles que nos antecederam, a partir de uma delicada e complexa técnica de tecelagem, com milhares de nós e camadas sobrepostas formando um arranjo que chamamos de Instituições, estabelecidas pela Constituição”, disse ele, que continuou: “Esse tecido maleável e flamejante às vezes parece frágil, mas sua estrutura é uma sociedade coesa, representada pela Bandeira Nacional. Qualquer um que a tente rasgar se depara com uma costura resistente, à prova das agressões do que eu chamaria de lâminas do arbítrio”, afirmou o ministro.

“Os ataques à democracia podem ser barulhentos. Ao desfilar, podem parecer vistosos, mas não passam de fumaça, que pode ser escura e amedrontadora, mas se dissipa na atmosfera cristalina dos ares democráticos. Blindado é o nosso regime de liberdades, blindados são os nossos valores democráticos, blindado é o nosso plexo de garantias fundamentais, blindado deve ser o nosso compromisso irrenunciável com a Constituição que juramos respeitar, cumprir e fazer cumprir”, prosseguiu Dantas, que deixou o editor do D&D emocionado: “Quando crescer, quero escrever coisas assim”.

O ministro descartou fraudes no sistema eletrônico de voto e garantiu que ele é “plenamente auditável”, assim como concluiu o trabalho dos auditores do Tribunal. “O resultado da auditoria permite a conclusão de que o atual sistema de votação eletrônica é plenamente auditável, aderente ao arranjo normativo instituído, embora comporte melhorias em termos de comunicação para evitar a desinformação e aumentar a compreensão dos eleitores sobre o processo”, disse Dantas, acrescentando acreditar que há “uma responsabilidade coletiva das instituições, dos líderes e da sociedade civil na disseminação de informação correta e responsável, essencial para a formação da confiança e harmonia da sociedade”, contrariando a desinformação propagada em relação ao sistema eleitoral por agentes do bolsonarismo, especialmente pelo próprio JB.
Os especialistas explicam ainda que, após as eleições, entidades fiscalizadoras podem solicitar aos tribunais eleitorais os arquivos de log do Gerenciador de Dados, Aplicativos e Interface com a Urna Eletrônica (Gedai-UE) e os arquivos de dados alimentadores do Sistema de Gerenciamento da Totalização, referentes a candidatos, partidos políticos, coligações, municípios, zonas e seções. A transparência permite ainda acesso aos dados do transportador, do receptor de arquivos de urna e do banco de dados da totalização, e os mais diversos relatórios que “permitem a realização de uma contagem paralela dos votos para posterior comparação com os resultados divulgados pelo TSE”.

É melhor que Bolsonaro nem saiba dessas palavras – ele pira de vez...

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