03/02/2021 às 08h36min - Atualizada em 03/02/2021 às 08h36min

​ENTRA ANO, SAI ANO, O CONGRESSO É O MESMO...

É DO CENTRÃO!


Centrão, todos sabem, é o modo que se encontrou de juntar todos os partidos que têm como “orientação ideológica específica” garantir o objetivo de assegurar a proximidade junto ao poder executivo, garantindo com isso grandes vantagens e a possibilidade de distribuir privilégios por meio de redes clientelistas. De fato, apesar do nome, o Centrão não compõe necessariamente um grupo de espectro político-ideológico centrista. Trata-se de fato de um agrupamento de siglas de orientação conservadora, geralmente composto por parlamentares do chamado "baixo clero", que atuam conforme seus interesses, ligados às chamadas práticas fisiológicas.
 
É graças ao Centrão que a política, de um modo geral, tem uma imagem tão negativa. O político, independente do partido ou do seu caráter pessoal, passa a ser visto como pilantra. Diz a Wikipédia que “o termo tem sua origem na Assembleia Constituinte de 1987, sendo usado para designar um grupo de partidos com perfil de centro-direita que uniu-se para apoiar o então presidente José Sarney com o objetivo de combater as propostas dos partidários de Ulysses Guimarães - acusados de serem progressistas - para o texto da nova Constituição.”
 
Desde sua origem, portanto, o Centrão traz a proposta do atraso político, da pilantragem, do desejo de se dar bem, acima de tudo, acima de todos. O que estamos vendo acontecer no Congresso atual é um repeteco ou um déjà vu de toda uma eternidade. Para se fazer uma política realmente progressista, portanto, não basta derrotar os conservadores e a direita fascista – é fundamental também derrotar o Centrão. Caso contrário, é melhor esquecer a política... e cantar com Caetano:
“Não existe pecado do lado de baixo do equador
Vamos fazer um pecado rasgado, suado a todo vapor”
 
Leia também na Wikipédia.

E aqui temos o vídeo do Heleno dedicando sua voz ao Centrão.

 
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